Imagem retirada em "Edison Pavão" |
Um pouco sobre pobreza, racismo, discriminação, preconceito, caridade percebidos na Itália.
Primeiramente penso ser interessante entendermos a diferença entre os conceitos: Racismo, discriminação e preconceito social
Primeiramente penso ser interessante entendermos a diferença entre os conceitos: Racismo, discriminação e preconceito social
Uma das primeiras vezes que entrei em um supermercado italiano chamou muito a minha atenção ver as embalagens diferentes daquelas que eu já estava habituado ver no Brasil. Principalmente uma que era de atum ou sardinha, não me recordo bem, e tinha a imagem de um marinheiro com cachimbo, sim, quase o Popeye. (hehe) (Eis aqui a imagem). Mas o que mais me chamou a atenção não foi isso, mas sim, outra embalagem que era de lentilha:
Imagem retirada em "Defelicitateanimi" |
E vamos lá então: Uma parte do valor arrecadado na venda deste produto será destinado ao Projeto CESVI, Casa del Sorriso" in Brasile, certo?! Daí eu pensei: Ajudar, fazer caridade é um ato nobre e digno de muito orgulho e satisfação. Mas como sou meio desconfiado permiti meus pensamentos irem mais além, como: Do outro lado do oceano, um país como a Itália, precisar estampar em algumas de suas embalagens a proposta de ajuda às “crianças brasileiras que vivem em favelas”. E logo eu pensei, será que o dinheiro vai mesmo às crianças?! Ou são artimanhas da publicidade em ganhar dinheiro às custas de um problema, uma vez que está longe, ninguém pode controlar o destino final do que foi arrecadado. É nestas horas eu quero ser acreditar mais num mundo bom e acho sim que o dinheiro chega e que faz o bem a muitas pessoas. (Particularmente não conheço este projeto, deveria me informar sobre. Não quero julgá-lo, muito menos dizer que não é sério. Simplesmente não o conheço. Estou apenas apresentando algo que vi diferente por aqui.)
Imagem retirada em "Quadriculada" Ver mais em: "Lailson" |
Mas o que tem a ver isso que estou dizendo?! Como disse antes, é muito importante ajudar pessoas que precisam, auxiliando a criar oportunidades para seu desenvolvimento para que possam fazer suas vidas por si só e não depender de doações para o resto de suas vidas.
Local destinado para roupas para doação. Imagem de "Il mondo e tutto il resto.." |
Aqui na Itália pude presenciar alguns locais com coleta de roupas usadas. (Imagem acima) Sim, tem alguns locais (no Brasil tem lixeiras italianas), para as pessoas colocarem roupas que não desejam mais ali para alguém que precise poder pegá-las. Mas não podem ser roupas rasgadas, devem ser roupas de preferência limpas e íntegras. Afinal, é para uma pessoa que pretende vestir. Mas um fato que me chamou muita atenção, foi certa vez um cidadão, parando sua motinho (scooter) ao lado deste “contenitore” nem sequer desceu ou desligou a moto, e pegando algumas roupas de dentro. Então tu pensas um pouco no assunto. Percebi também aqui na Itália, um grande preconceito por parte de alguns estrangeiros como (afro-descendentes, indianos, árabes, chineses...) Ou mesmo, toda pessoa que se diferencia do típico italiano, ou simplesmente características similares com um destes grupos que citei acima entre parênteses, são alvo já de discriminação. Mas é necessário outro ponto importante aqui quando mencionei algo sobre diferente do típico italiano: Como podemos dizer que alguém típico de algum lugar pela sua fisionomia? Eu não sei. Foi-se o tempo de pensarmos nisso, pois atualmente com o crescimento populacional, globalização..sei lá... As pessoas estão procurando locais diferentes para viver, e a prova disso é olharmos para o brasileiro. Um cidadão brasileiro, nascido no Brasil, pode ser branco, negro, amarelo, alto, baixinho, com cabelo comprido, barba longa..e por aí vai. Na Itália, me parece que não está tão longe disso. Mas para encurtar a história, de qualquer forma, se você for diferente daquilo que se espera - pronto! Grande chance de sofrer discriminação.
Agora eu passo para outro ponto, que poderia ser até discutido em outra postagem, mas vou aproveitar o momento, que me empolguei aqui.
Que não foge daquilo que tinha dito antes, sobre a ajuda às crianças. Penso que antes de enviar dinheiro à África, Brasil, seja lá qual país, ou adotar uma criança à distância, se deve respeitar aqueles que estão perto. Educando seus filhos a respeitarem estas pessoas. São iguais a qualquer um, apenas possuem traços físicos e culturais diferentes dos nossos. Mas todos são iguais. Abomino preconceito, discriminação de qualquer forma.
Imagem retirada em "Meu príncipe..." |
Aqui na Itália ainda não sofri discriminação pelo fato de ser brasileiro. Só ao conversar com alguns italianos, sempre estranharam o fato de minha esposa e eu termos a pele clara, acreditando que brasileiros teriam a pele mais escura. (Preconceito?!) Falo em Brasil, sempre ouço palavras como: futebol, carnaval..e agora ouço terra de Ronaldinho e Kaká.. E sempre que falo meu nome, muitos já associam: Ah, igual ao Felipe Massa. E eu digo, sim sim..igual ao Felipe Massa.heuheue..
Ainda sobre o preconceito/racismo/discriminação racial:
Ainda sobre o preconceito/racismo/discriminação racial:
Também tem o caso da Miss Silvia Novais. Leia reportagem do Jornal Hoje. (Clique aqui)
Não posso deixar de citar também o grande jogador Mario Balotelli. Separei uma pequena reportagem de "News Paraiba". E outra reportagem, onde noticia que o time da seleção italiana visitou o campo de concentração de Auschwitz, onde tiveram uma "lição contra o preconceito racial."
Pensem no assunto e, se possível, deixem sua opinião. Mas não pensem muito, pois precisamos de AÇÃO!
Pensem no assunto e, se possível, deixem sua opinião. Mas não pensem muito, pois precisamos de AÇÃO!
Bha..não imaginava que o racismo fosse tanto assim, se é que essa situação é generalizada. Aqui no Brasil, óbvio que existe também. Mas qdo pensamos num país de "primeiro mundo" imaginamos pessoas intruidas e intelectualizadas! Enfim, aqui os Italianos são bem aceitos e contribuíram para o que o país é hoje, em todos os sentidos...Uma lástima!
ResponderExcluirAbel Serpa
Infelizmente isso faz parte da realidade mundial. Alguns países mais, outros menos, mas ainda temos muito o que mudar.
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