quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Classificados, o motivo disso:

Vamos imaginar uma situação. Vamos pensar numa ilha deserta. Sim, uma ilha deserta igual aquela do filme do Tom HanksNáufrago, ou até uma ilha menor como a de Johnny Castaway, e quem não se lembra daquele protetor de tela dos anos 90?! Muito bem, você imaginou já tua ilha, deve até estar cansado de não ter o que fazer por aí, enquanto eu não continuo o raciocínio.



Ilha de Lampedusa (Itália) - Fonte: Blog do Nake
Por Franceso Santo

 Pois bem, vamos lá. Daí você está na sua ilha, com uma roupa bem confortável, num dia de sol, com uma temperatura bem agradável, não está com fome, não sente dor, está bem tranqüilo, certo?! Daí você resolve pensar, se é que terá que passar a noite por aí, precisa arrumar um canto para dormir, e isso você fará agora enquanto é dia, assim como algo para comer, pois deixar tudo para última hora fica complicado, imagina você arrumar um lugarejo para dormir quando tudo estiver escuro. Ok continuamos no pensamento de arrumar um canto para passar a noite. E se dá por conta, que está realmente sozinho, não tem ninguém ao seu lado, nem para ajudar a puxar um tronco de uma árvore que poderia servir de banco embaixo daquela sombra. Começa se dar por conta que a falta que um telefone faz para chamar comida, para pedir socorro, para ouvir a voz daquela pessoa que tu gosta, ou seja, lá para quê. Mas estar sozinho e ser sozinho começa a ser não só monótono como amedrontador.

E essa história toda de ilha deserta, de estar sozinho, é justamente para introduzir um ponto muito interessante que andei pensando:

Estamos no século XXI, temos o mundo diante de nós através do computador com acesso à internet, podemos circular centenas de milhares de quilômetros num tempo jamais imaginado, e com isso atingir quantas pessoas forem possíveis neste mesmo tempo. E que aquela propaganda de boca a boca, funciona também por aqui, afinal, você pode estar aqui lendo este texto agora, pois justamente algum amigo pode ter lhe indicado, através do facebook ou até mesmo outro tipo de recurso como um “buscador” na rede de computadores, e com isso tudo temos uma infinidade de possibilidades de fazer um bom uso é claro desta tecnologia, e lembrar sempre que não estamos numa ilha deserta, e que eu posso contar sim contigo, e você contar comigo, e eu posso não saber nada sobre o que tu desejas saber, mas posso saber alguém que saiba, ou até posso saber alguém que saiba de outro alguém que realmente saberá te ajudar. E por mais que viver numa ilha deserta, ou com pouquíssimas pessoas ao redor, ainda seja uma opção de muitas pessoas, a beleza da diferença está aí, pois quem se identificar com esta idéia, que a multiplique. Lembrar sempre, que estamos com uma verdadeira ferramenta de multiplicação em nossas mãos, e que sempre será melhor optarmos por fazermos o bem. E aquele papo de que somos capazes de fazer um mundo melhor deixa de ser apenas papo, e torna realidade, quando um ajuda o outro, e até mesmo quem ajuda ganha ao sentir-se realizado por ter feito o bem a alguém.

Longe de ser algo utópico, classificar necessidades e interesses, por exemplo, e com isso ajudar e ser ajudado, é uma forma de fazermos as coisas funcionarem, quer um exemplo?! Pois bem, quem nunca teve algum objeto “encalhado” em casa, como uma bicicleta, um videogame, um aquário, uma gaiola, um violão, qualquer coisa?! E quem nunca precisou de alguma coisa dessas?! Lembramos que sempre existirá a oferta e a procura de algo, por mais “nada a ver” que seja, alguém pode estar precisando daquilo que você nem usa mais, e ainda mais atraente, esta pessoa estar disposta a pagar algo por isso. É ou não é uma forma de ajudar e ser ajudado?! 

Uma situação que experimentei quando cheguei na Itália, é que eu tive a ilustre idéia de trazer meu telefone celular para cá, e acreditava que o mesmo estava desbloqueado, daí não me pergunte o porquê de eu pensar isso, então o trouxe para cá com objetivo de comprar um chip italiano e ter um celular funcionando por aqui sem gastar nenhum valor além do próprio chip. Mas chegando aqui e testando um chip italiano, constatei de fato que meu celular não aceitaria chip algum senão o chip brasileiro, que por sinal já não funciona mais por aqui, chegou a funcionar mas com fraquíssimo sinal. Daí eu pensei:

“Bah no Brasil, eu tinha uma caixa cheia de celulares usados, com carregadores e tudo, funcionando, se fosse lá que alguém precisasse de um para quebrar um galho, eu seria a pessoa que poderia ser útil, até mesmo doando um aparelho para este pobre cristo necessitado”, então dramatização à parte, podemos perceber o quanto o mundo é grande, e o quanto temos as respostas, ou até mesmo aquilo que precisamos muitas vezes ao nosso lado, mas daí tem aquela barreira, mas eu não conheço ninguém aqui, estou ilhado, como conseguir isso ou aquilo.

 

Fonte: ECOnservar


Então, aqui é o lugar, mais um de tantos, pode ser, mas aqui também é o lugar. Tem também aquela situação que pensamos porque eu não disse antes que precisava disso: Quando você conversando com um amigo, ou vizinho e esta pessoa diz que jogou fora há poucos dias algo que poderia ser útil pra você, com a mesma explicação: “Eu não sabia que tu precisavas”, “Por que não me disse antes?” e daí você também se pergunta: “Por que eu não disse antes?” e então pensamos que viver numa ilha isolado não está com nada, e podemos viver num mundo bem melhor quando contarmos com as outras pessoas, e eu sou a prova disso, e é por isso que estou aqui, conto que alguém leia minhas idéias.


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