sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A dois passos do paraíso

Só pra lembrar que esta postagem também está disponível em áudio, para ouví-la, basta clicar no "play" do tocador que encontra-se lá embaixo do texto.

E dizia a música da Blitz: “longe de casa há mais de uma semana, há milhas e milhas distante do meu amor...”.

Pois é, hoje faz 60 dias longe de casa, ou dois meses, ou 1.440 horas ou 8,57 semanas, e vendo assim nem parece tanto, não é?! Mas para quem percorre cerca de 10.000 quilômetros, coloca em prova o que nosso querido amigo Alberto disse sobre o tempo ser relativo, tornando sim dois meses o tempo suficiente para muita coisa mudar em nossas vidas, afinal estar longe de casa é estar longe da zona de conforto, estar longe do já conhecido, estar longe daqueles que tu gostas, ou simplesmente estar longe da tua antiga vida.


Fonte: Homo Literatus

E hoje, decidi falar um pouco sobre isso, pois precisei deixar tudo isso para trás para hoje, conseguir escrever e publicar realmente aquilo que penso, pois quando não era uma coisa era outra que me impedia: era a possibilidade de ser copiado, insegurança de ser criticado, receio de faltar um dia o que dizer, quase como “secar a fonte”, sempre julgar que aquilo que escrevia antes não era bom o bastante, e tantas outras coisas mais, ou simplesmente o medo de se expor.

Penso que se expor realmente é o que impedia de fato que tudo isso acontecesse, afinal, se mostrar é se abrir para as consequências do que foi dito ou feito, tanto para os elogios, como para as críticas, é como se abrir para uma platéia de peito aberto, e poder receber flores ou pedras, e o medo de receber as últimas faz com que nem nos apresentemos neste espetáculo, como nosso também conhecido Skinner já nos disse sobre o comportamento condicionado dos "ratinhos", e nós seres humanos, e principalmente eu, me coloquei durante muito tempo como aquele rato que temia o choque, e com isso deixava de tocar no botão que geralmente dava água, mas que algum momento da vida, deu choque. 

E agora deixo para lá um pouco destas explicações, e me permito dizer que não foi nada fácil chegar até aqui, parece simples não é?! Mas não foi. Cada dia a mais, mais distante estamos do ponto de partida, e cada dia que passa deixamos um pouco para trás tudo. E aquele andarilho deixa marcas onde quer que ele passa, e nossa missão é que estas marcas sejam as mais positivas, e que o máximo de pessoas sejam tocadas, e que só assim seremos imortalizados.  Pois não tem viagem melhor do que aquela que lembramos para o resto de nossas vida, e que sempre que lembramos dela, e ao contar sobre ela, nossos olhos brilham, e o entusiasmo ultrapassa nossa alma e reflete na outra pessoa que se coloca à disposição de ouvir nossa história, multiplicando mais uma vez tudo aquilo quando compartilhamos bons momentos. E que mesmo para aqueles que não são tão fãs da matemática (assim como eu) sempre lembrarem que dividir a dor, multiplicar o bem, e adicionar alegria à vida, sempre é bom e faz bem. Por isso estou aqui para compartilhar um pouco das minhas experiências, e já justifiquei o quão difícil foi para eu fazer isso, e espero não precisar mais me explicar a respeito disso.     

 

2 comentários:

  1. O medo de se expor, de ser julgado e avaliado pelas pessoas é grande sim, tanto foi que me senti assim por um bom tempo, mesmo com material reunido para começar meu blog, protelei protelei, até que um dia comecei! Tremula, fui em frente! Aos poucos vamos nos auto-criticando, e essa auto-critica é ótima. Olho para algumas primeiras postagens e penso, poxa, este conteúdo n está tão bacana! E assim vou aprimorando. Não sou escritora, mas me esforço para fazer entender! Assim como em tudo na vida, passando por uma fase de aprendizado inicial e depois vamos aprimorando! Então oque quero dizer é que vc começou, fez a parte mais difícil, daqui pra frente será cada dia melhor! Estou 'te lendo' amigo, e não preciso repetir o quanto lhe apoio em todas tuas decisões aventurescas ou nem tanto aventurescas hehe! Sempre irei lhe apoiar, e estar do seu lado, mesmo agora mto mais longe! Vou apreciar diariamente suas histórias e sempre que puder irei contribuir de alguma forma. Sucesso, vittoria amico mio! Beijos

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  2. Bom dia “Almacriativa”: Obrigado, com certeza não seríamos nada sem os amigos e/ou pessoas que nos apóiam em nossa trajetória. E tem algumas coisas que sempre digo: “E quem disse que seria fácil?” Realmente é uma verdade, não é fácil se expor, como tu escreveu acima, com outras palavras, acabamos nos “enrolando, sabotando, boicotando...” e acredito que o pior não é deixarmos de fazer algo pelos outros, mas sim por nós mesmos. Se eu não acredito no que eu escrevo ou falo, quem o fará?! Estamos sempre aprendendo, e a ideia é irmos melhorando com o passar do tempo, com bastante treino, exercitando nossas competências... Mais uma vez, muito obrigado pelo apoio, e espero sim contar com teu apoio para cada vez melhorar o conteúdo, afinal, sozinhos não somos nada. Grande beijo!

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