domingo, 28 de outubro de 2012

Ahh ahhh atchimmm!!! – Saúde! Obrigado!

Imagem de "Pais modernos"


Há muitos anos atrás quando eu estava apenas fazendo alguns planos sobre sair do Brasil, e lembrei-me de algo muitíssimo importante:

Por que será que na maioria das vezes só valorizamos a nossa saúde quando estamos doentes?!

Lembra daquele dia que tu ficaste doente, e começou a fazer planos de tudo que gostaria de fazer se não estivesse tão indisposto?! Até promessas são feitas algumas vezes, que quando a enfermidade passa nunca são cumpridas, mas que foram feitas foram. Daí vem a justificativa: - O que vale é a intenção.

Como é ficar doente? Como é ficar doente quando não se tem dinheiro pagar médico ou medicamentos?! Pois afinal, nem todo o mundo tem condições de manter gastos básicos. Muitas pessoas vivem com seu suado dinheirinho contado, e quando vem algum gasto imprevisto, daí o desespero vem. E daí não tem escapatória, afinal, ninguém é de ferro.


Imagina um jovem casal que está começando uma vida a dois. Aquele jovem casal que junta seus “trapinhos” e decidem compartilhar o copinho da escova de dente, e finalmente vão morar juntos. Ah que bela história de amor. Dois pombinhos apaixonados, deixando para trás aquela rotina chata de se verem nas quartas-feiras, sábados e domingos. Mas daí quando param para fazer as contas, morar “sozinho” não é tão simples como imaginavam. Aquela ajuda no curso universitário que o pai dava, ou as compras do supermercado, que nunca haviam se preocupado com o preço do leite ou do arroz, afinal eram os pais que pagavam, e por aí vai. Interessante, mas que está com planos de casar na igreja tem até um “cursinho de noivos” para fazer. Alguém já fez aí?! E neste curso, dentre outros assuntos, tem esta parte tão importante, mas às vezes esquecida quando se está “cegamente” decidido..(hehe) – a parte financeira. Só utilizei este parágrafo para ilustrar um pouco a situação daquelas pessoas que começam a viver a vida financeira independente, e se deparam com alguns gastos que antes não tinham.


Mas então, falando de saúde, chegamos naquele momento que ninguém está livre, e infelizmente a doença nos acomete. Mas não necessariamente refiro-me a uma doença grave, mas sim aquela que nos incomoda ao ponto de não conseguir fazer aquilo que normalmente faríamos. Aquela dor de cabeça, que parece que tem um pica-pau cutucando o nosso cérebro, ou aquela gripe que para sair da cama parece que estamos carregando o peso de uma bigorna, sem falar em tosse...e por aí vai, sintomas que vocês podem imaginar livremente. Qual foi a dor maior que você sentiu na vida?! Seja aquela dor na coluna, ou pedras nos rins. Ver link a pior dor do mundo
.
 
Quem assistiu o filme "Náufrago"?! Lembra daquele momento que o sujeito está desesperado com dor de dente, e se vê em apuros até que o desespero faz com que aja e pronto, resolve o problema ali mesmo. Como não estamos numa ilha deserta (para variar eu falando em ilha novamente) podemos contar com profissionais da área da saúde, certo?!  

A partir do site da Veja (Tema: Desafios brasileiros - Saúde Pública) podemos ler que o Brasil sofre com um com uma das taxas tributárias mais altas do planeta, e com isso, no mínimo teria garantia de ter acesso à saúde digna e satisfatória. E não só isso não acontece como cerca de 170.000 pessoas deverão esperar até cinco anos para se submeterem à intervenção cirúrgica não emergencial. E com isso me faz pensar:

Não sei se já falei esta frase aqui, mas para mim ela é muito importante, tem um baita significado “Enquanto uns choram, outros vendem lenço” (Depois descobri que esta frase virou título de um livro de Maurício Werner).. Isso me faz lembrar da crise que encontramos no Sistema Único de Saúde brasileiro, e a quantidade de clínicas destinando atendimento médico especializado com “preços populares”, algumas vendendo sua imagem como “clínica na comunidade”..Nada contra estas empresas, pois acredito que para aquele que tem condição de pagar estes serviços deve ser algo muito bom.

Está bem, até aqui eu não disse novidade nenhuma eu sei, que todo e qualquer brasileiro sabe muito bem (ou deveria saber) a real situação da saúde pública. Mas então mudemos um pouco o país, e vamos falar um pouco sobre a tão querida Itália.

Pois bem, vamos a minha história:


Quando chegamos na Itália (minha esposa e eu) resolvemos logo que tivemos oportunidade, ver como seria a questão da Saúde por aqui. Então fomos atrás disso e chegamos até a “Tessera Sanitaria” (ver foto), que seria uma espécie de “carteirinha do SUS” por aqui. (Será utilizada sempre que for consultar o médico, comprar um medicamento, marcar um exame...) Interessante que aqui quando fizemos esta tal “tessera” tivemos a oportunidade de escolher o nome de um médico, que seria aquele profissional que iríamos recorrer sempre que precisássemos. Como antigamente o “médico de família”. É difícil escolher um profissional no meio de tantos nomes, que critérios tu utilizaria?! (sobrenome conhecido...homem ou mulher...nome “bonitinho”...)

Logo, em poucos dias fomos marcar uma consulta para ver como funcionava. Conversar com o médico, nos apresentar, e para conhecê-lo de fato, pois vai saber o que viria pela frente. E logo na marcação, eu já fiquei todo bobo de felicidade, pois conseguimos consulta para o outro dia pela manhã. 

Imagem de "Por ai observando o mundo"




Conhecemos o “dottore” um senhor de altura mediana, demonstrando ser bastante atencioso, educado e com bom - humor. Informamos o objetivo da nossa consulta, dizendo que éramos novos na Itália, que estávamos aqui para começarmos nossa vida juntos... e pra variar ele também perguntou por que sair do Brasil neste “belo” momento econômico que o país estaria passando. Nem preciso dizer o que falei, não é?!



Foto de "ASSPESP"


Quanto às consultas:
Geralmente não passam de 15 minutos de duração. Até hoje, já fomos quatro vezes e em todas fomos atendidos pontualmente, não atrasando sequer um minuto. (Seria apenas boa sorte ou coincidência?!) Considero importante elogiar os pontos positivos, e realmente sempre fomos muito bem atendidos desde a recepção até nos atendimentos médicos. 
Quanto aos preços dos medicamentos:
Acabei não registrando os preços que pagamos em alguns remédios, mas sempre tive a impressão de serem preços justos. Irei começar a me deter mais nestas informações para enriquecer o blog com tais dados.

Por hoje, vou ficando por aqui, senão acabo escrevendo um capítulo de um livro inteiro sobre o assunto, e acabo cansando vocês por aí. Mas sempre que tiver informações relevantes sobre o assunto, postarei para vocês.

sábado, 27 de outubro de 2012

Mudança de horário - Itália

Imagem retirada em "Clivia Profumi".


Meus queridos,

Só para avisar que hoje aqui na Itália termina o horário de verão, dando início ao “orario invernale” então às 03 horas da manhã (03:00 a.m)  deveremos atrasar o relógio uma hora, ficando assim 02 horas da manhã. Não sei a explicação técnica do fato do horário mudar às 03 horas e não às 00 como no Brasil por exemplo. Quando descobrir eu posto aqui, ou quem souber contribua conosco.  

www.centrometeoitaliano.it


Quando chegamos aqui, a diferença do horário entre Brasil e Itália era de cinco horas. Sim na Itália, cinco horas a mais. No início foi meio difícil para o corpo se acostumar, há quem diga que esta diferença de fuso-horário leva uns dias para nos acostumarmos. Ler mais em "mudança de fuso horário e efeitos para o corpo."

Se no Brasil eu já ouvia pessoas reclamando de uma hora a mais ou uma hora a menos nas mudanças de horários de verão e tal, e na realidade já sentimos um pouco esta mudança. Quem está acostumado a dormir num determinado horário, e precisa acordar “uma hora mais cedo”, complica né?! Quem não gosta de 5 minutos a mais, 10 minutos a mais... Falando nisso, achei muito curioso o fato de existir um aplicativo para smartphones, que a cada vez que você apertar o botão de soneca será computado uma doação para uma instituição de caridade. Leia mais em "até onde vai seu sono?"


Tive como objetivo da postagem de hoje, informar sobre a mudança do horário na Itália. Então deixo este relógio aqui para vocês não se perderem no horário: 




Sites relacionados: 

Por hoje é só. E até a próxima! Abraço!!

domingo, 21 de outubro de 2012

Top 10 - Músicas Italianas



Imagem de "Radio Ativa"

Quando cheguei na Itália eu realmente me surpreendi ao ouvir algumas músicas brasileiras sendo ouvidas por aqui. (músicas diferentes de Bossa Nova, MPB...) Certa vez passei por um grupo de jovens e ouvi um deles cantando a “tal” música, e depois uma escola aqui perto de casa, dezenas de crianças cantando a “tal” música. Mas as crianças desta escola não ouviam esta música uma vez por semana, mas sim TODOS OS DIAS.  Ficou curioso?! Pois é, inacreditavelmente a referida música é a "Balada Boa" do cantor Gusttavo Lima. (Não é à toa que ele estará fazendo alguns shows na Europa, o cara "tá bombando" por aqui). E também ouvi um pouco por aí de Michel Teló aquela música que ficou famosa “Ai se eu te pego”. E foram feitas sei lá quantas versões em idiomas diferentes (???) Lembrei da Torre de Babel por que será?!  Clique aqui e ouça em Italiano. Em inglês. E tem até em português (hehe).

Daí para este blog além de comentar com vocês o "ilustre" momento de ouvir estas músicas por aqui, pensei que seria legal compartilhar. Então pensei nisso: Tem muitas músicas boas que conheci por aqui, algumas que sequer ouvi falar no artista antes de viajar para cá, e esta seria uma ótima oportunidade de mostrar um pouco mais da Itália, através do “Top 10”.

A meu ver sempre que temos uma admiração por um determinado país, é comum buscarmos conhecer um pouco mais sobre ele, sobre a cultura/clima/economia/pessoas... Pelo menos eu fiz muito isso quando “sonhava” em viajar para alguns países como Canadá, Alemanha, Estados Unidos, Irlanda. (Não citei em ordem de importância).

E para alguns mais desinformados como eu saberem que músicas italianas vão muito além de Laura Pausini, Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti...(hehe)

Então eu irei apresentar uma lista de músicas que além de tocarem por aqui eu as considero muito boas. Vou apresentá-las sempre com o respectivo link para que possam apreciá-las. Eis aqui então a minha lista TOP 10 das músicas italianas. Espero que gostem ;-)  Não deixem de conferir todas as músicas. Vale a pena. 

1) Max Pezzali – Torno Subito


Não poderia deixar de colocar em primeiro lugar a música que inspirou o nome deste blog, a música que me aproximou ainda mais do idioma italiano, e não foi à toa que se trata da primeira música que toquei e cantei em italiano. ;-) 

2) Gigi D´Alessio – Libero 



Clique aqui e assista ao Clipe Oficial desta música.

3) Giorgia – Tu mi porti su 


  Uma baita música. Realmente contagiante!!

4) Arisa – L’amore è un’altra cosa
 

 

5) Mario Venuti – Quello Che ci manca






6) Negrita Brucerò per te




7) Zucchero – E´ um peccato morir






8) Modà – Solo già solo




9) Laura Pausini & James Blunt – Primavera in anticipo



Comentei antes, e claro que não deixaria de citá-la aqui. (hehe) Sem dúvida uma ótima parceria.


10) Loredana Bertè – Ma quale musica leggera


Bom pessoal, estão aí as músicas que curto e fiz questão de compartilhar com vocês.

Até a próxima postagem! Grande abraço a todos!!


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Diferença Brasil - Itália (Parte 2)



Fiat Uno X Fiat Panda. Fonte: "BrigatoDesign"

Meus queridos, demorei para postar mas estou aqui novamente. Entre uma tosse e outra, tirando a dor de cabeça e um pouco de mal-estar aqui estou. Enfim, o primeiro resfriado em terras italianas, e olha que o inverno nem chegou...(rs) 

Começando então a postagem de hoje: 
Comecei a pensar sobre o salário mínimo brasileiro, e o “salário mínimo” italiano, e tudo começou a ficar mais claro, e minha vida passou a ter mais sentido..(hehe)

Quanto ganha um brasileiro?! Quanto ganha um italiano?!

Fonte da imagem: "Caldeirão do Paulão"
 
Pois bem, o decreto de nº7655, de 23 de dezembro de 2011 regulamenta o valor do salário mínimo em R$622,00, sim o valor “redondinho” sem moedinhas...(hehe). Esmiuçando este valor, como previsto no próprio decreto, diariamente o “valente brasileiro” deveria ganhar R$20,73 por dia, ou também R$2,83 por hora. Ok?! Até aqui estamos entendidos?! (Fonte desta informação: Clique aqui)

Imagem retirada em "Jornal de Negócios"

Sobre a Itália, cheguei a ver num site que a média do salário de um italiano seria uns 1.900 € (euros), a partir da média do ganho anual, mas creio que não é beeem por aí, claro, depende muito no que a pessoa trabalha região e tal, mas a título de ilustração e para facilitar nosso cálculo vamos partir de um salário italiano a partir de 1.000 a 1.200 €. E o que é curioso destacar é que na Itália (assim como a Alemanha por exemplo) não tem um valor de salário mínimo decretado por lei, ou seja, este valor pode variar de região para região.  
 
Neste outro site fala um pouco sobre a “Vida na Itália”, e uma das informações que achei interessante, é sobre a “igualdade social”, onde um pedreiro ganha em torno de 1200 euros por mês, e o ganho de um médico seria mais ou menos na margem de 2.000 a 5.000 euros. E outro fator que faria esta “diferença social” ser ainda menor seria em relação à saúde e à educação que além de gratuitos seriam de boa qualidade.

Pesquisando sobre o assunto encontrei um site bem legal, que mostra uma lista das cidades mais caras do mundo para se viver. Clique aqui para ver a lista. 

Aproveitando o assunto sobre as cidades mais caras para se viver, encontrei uns dados interessantes para pensarmos sobre isso. (Site com a comparação dos salários.) Sobre o salário mínimo recebido na Austrália, e comparando com o salário mínimo recebido no Brasil. Fizeram a conversão em dólares americanos para facilitar o cálculo e ficar mais claro para percebermos a diferença. Onde Sydney (Austrália) tem o salário mínimo mais ou menos 2.500 dólares americanos, enquanto São Paulo/Rio de Janeiro tem o salário de mais ou menos 333 dólares americanos (a partir da cotação do dia que foi feita esta reportagem). E o detalhe é que Sydney no Ranking das cidades mais caras do mundo está em 11º lugar, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro estão em 12º e 13º respectivamente. Daí faça as contas aí, se consegue viver dignamente com um salário mínimo no Brasil. (?!)

Nestas andanças pela internet para compor este texto, encontrei um blog interessante,onde o autor utiliza um raciocínio diferente para ilustrar sobre o custo de vida comparando Rio de Janeiro e Milão. Analisando a partir do ponto de um brasileiro recebendo 1.000 reais por mês, e um italiano recebendo 1.000 euros por mês. O que cada um faz com este valor em seu respectivo país. Vale a pena conferir. Clique aqui.


Imagem de "Legal da web"
 Agora citarei alguns valores de carros zero km encontrados na Itália (aqueles modelos que podem ser encontrados no Brasil também). E quanto aos preços dos carros brasileiros, vou deixar para vocês tirarem suas próprias conclusões:

Todos da Fiat, e valores em Euros.

- Punto Classic a partir de 10.150

- Punto 2012 a partir de 11.650
- 500 a partir de 11.850
- Strada a partir de 16.000
- Doblò a partir de 16.190
- Freemont a partir de 26.650

Agora sem pesquisar muito (primeira lista de valores que encontrei) cheguei a tais valores dos seguintes carros no Brasil:
Preços sugeridos no site: icarros.
 
- Punto: R$36.970
- 500 :  R$40.770
- Strada: R$31.490
- Doblò: R$51.020
- Freemont: R$85.190

Por mais que estes valores possam ser diferentes, ou desatualizados, vamos utilizar apenas como base para um raciocínio simples. Algo que pensei estes dias e vou trazer aqui para pensarmos a respeito.

Se o salário mínimo brasileiro é de R$622 e um carro zero km (popular) encontra-se a partir de R$20.000. Pois os automóveis que citei acima, qualquer um de vocês poderia dizer que não são parâmetros de comparação uma vez que não são carros populares.

Continuando o raciocínio: Um brasileiro que recebe um salário mínimo precisaria de cerca de 32 meses do seu salário para comprar um carro. Claro, é apenas uma ilustração. Pois este trabalhador precisaria ganhar um único salário, tê-lo como única renda e não gastar com absolutamente mais nada. Impossível, não é?!

Partindo da mesma ideia, um italiano que recebe 1.000 euros por mês, precisaria juntar um pouco mais de 10 salários para poder comprar seu carro “zerinho”. Lembrando que este carro italiano não necessariamente é o mais barato, pois encontrei, por exemplo, um Fiat Panda com o valor aproximado de 7.800 euros.

A partir disto tudo, qual país é o pobre da história?! Difícil responder, certo?!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mil visitas!!


Fonte da imagem "V de Viral"
 
Hoje estou aqui para registrar este momento tão importante para mim. O Blog TornoSubito8 alcançou a marca das 1.000 (mil) visitas. Obviamente, se compararmos com grandes blogs ou outros sites, este valor é quase ridículo, pois eles muitos vezes alcançam esta marca por dia. Mas pra variar como acabo sempre me explicando, acredito que independente no número de acessos dos “grandões” este é o meu momento de antes de mais nada agradecer a todos pelas visitas: Muito obrigado meus queridos!! 

Fonte imagem: "Portal 2014"

Lembrei dos jogadores de futebol que intentam a marca dos mil gols, e imaginei o quão difícil seria alcançar esta marca. E claro, eu seria muito exagerado se eu comemorasse cada visita recebida aqui como um jogador que faz um gol. Mas posso dizer que chegar aos primeiros mil acessos está sendo muito importante para mim, pois só eu sei o quão difícil foi eu começar a postar, e acreditar nisso tudo, como já mencionei algumas vezes por aqui.
Desculpem-me aqueles que acham besteira um blogueiro se “emocionar” com seus “míseros” mil acessos. Mas só quem teve dificuldades sabe valorizar cada passo adiante.

Mais uma vez, muito obrigado a todos que aqui chegaram. Agradecer principalmente aos meus amigos que continuam me apoiando para continuar escrevendo, e muitas vezes até divulgando meus links. Àquelas pessoas que não as conheço pessoalmente, mas de uma forma ou de outra aparecem por aqui, comentam, e ajudam-nos a crescer.

Vou ficando por aqui. E continuarei me dedicando para melhorar os conteúdos apresentados. Espero que cada vez encontrem informações mais interessantes. E que voltem sempre ;-)  

Abraço a todos!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Diferença Brasil - Itália

Imagem retirada em "Estadão"

Certa vez eu li num blog e sinceramente achei muito interessante a postagem do Leonardo (clique aqui e confira este texto) sobre a diferença entre Brasil e Europa. E não tive como deixar de citar esta comparação aqui. Mas agora posso dar minha opinião sobre o assunto, pois quando eu havia lido ainda estava em terras brasileiras.heuheu
Outra questão que achei interessante que eu vi num supermercado...Ah sim, mas antes disso...

Uma vez ouvi falar que chegaria um dia, que no supermercado apenas colocaríamos nossas compras no carrinho, e passaríamos pelo caixa, e já teríamos todas nossas compras contabilizadas ali, apenas cabendo a nós abrirmos a nossa carteira e fazermos o pagamento. Daí eu pergunto, se é que isso não existe ainda, quando chegássemos em tal ponto, será que ainda precisaríamos ir até ao supermercado?!

Então, fui até o Carrefour na cidade de Thiene, e me chamou muito a atenção ver que tinha uma área destinada às compras de poucos itens. Onde o cliente passaria (self service) suas próprias compras, sim, utilizando o leitor de código de barras, como se fosse o próprio funcionário do supermercado, e após ter feito a passagem dos produtos, faria o pagamento com uma funcionária, agora uma pessoa de verdade..hehe


Não sei como é o controle deles, se é que existe algum. Pois fico imaginando como seria isso em outros países “menos educados”.


Sobre este post pensei nisso: Talvez muitos daqueles que estejam lendo este texto, nunca vieram à Itália. Mas quem sabe tenham a vontade de um dia fazê-lo. E por isso julgo interessante citar alguns pontos que me chamam a atenção por aqui.


Como antes comecei falando do blog que li anos atrás, chegando aqui, foi muito legal isso, pois realmente me marcou aquele texto, e comecei a observar como seria aqui. E não demorou muito, para eu ver os funcionários de alguns estabelecimentos chegando até o trabalho. Creio que em sua maioria, chegando de carro. E não digo, qualquer carrinho “furreca”. Refiro-me carros novos, de menos de 10 anos. (Sim, menos de 10 anos
  considero carro novo..hauhuahua)..

Comecei a pensar nisso. Mas afinal, o que seria isso: Esta diferença. Pois sinceramente, se eu pensar com cabeça de brasileiro, ou seja, ao fazer compras, sempre converter meu gasto em Reais (R$), obviamente grande parte das vezes dariam “elas por elas”. Antes de continuar este texto, vou tomar como base a cotação de hoje do Euro em relação ao Real, no site da UOL encontrei o Euro por R$2,63. Somando algumas taxas que não saberei citar aqui
pra variar, vou chegar a um valor aproximado de R$2,80 que seria mais ou menos aquilo que pagaríamos ao comprar numa casa de câmbio, afinal nunca pagamos o valor que encontramos na cotação.  Voltando ao texto, pensei em comparar alguns produtos, referindo-se aos preços encontrados no Brasil e na Itália. E partirei de dois produtos básicos que encontram-se em praticamente todas as casas – Água e o leite. Como o caso de uma garrafa de dois litros de água, que eu pago exatamente 17 centavos de euro. Com ou sem gás é o mesmo preço. (Peguei como exemplo a água de menor preço que encontrei) Cerca de R$0,47 (quarenta e sete centavos) uma garrafa de água de 2 litros.  Eu pergunto, quanto vocês pagam uma garrafinha de água por aí?! No site do supermercado Nacional, encontrei os seguintes valores: (Todas na “versão” 2 litros)

Imagem de "Bemzen"


- Água Mineral com Gás (Água da Pedra)  ...................R$2,14
- Água Mineral com Gás (Fonte Ijuí) ...........................R$2,20
- Água Mineral com Gás (Sarandi)  .............................R$1,88
- Água Mineral sem Gás (Santa Rita de Cássia) ...........R$2,45

Média de preço: R$2,17 (dois reais e dezessete centavos). Se um italiano fosse ao Brasil, gastaria aproximadamente 0,77 € para comprar 2 litros de água. Enquanto um brasileiro, como disse anteriormente gastaria aproximadamente R$0,47 para comprar a tão desejada garrafa de dois litros de água aqui na Itália.

Outro exemplo, que pude encontrar um litro de leite por 50 centavos de euro, que em reais ficaria R$1,40 (um real e quarenta centavos) na mesma cotação acima. Confesso quem este foi o menor preço de leite que encontrei por aqui até agora. Mas peguemos como referência o mesmo supermercado Nacional, para ter uma ideia dos preços do Brasil: (Utilizando como base um litro)



Imagem de "Brincando com Matemática"


- Leite Integral (Mu-Mu)..........................................R$1,65
- Leite Integral (Piá)...............................................R$1,75
- Leite Integral (Ninho) ..........................................R$1,92
- Leite Integral (Bom Gosto)....................................R$1,57
- Leite Integral (Elegê)...........................................R$2,08

Média de preço: R$1,79 (um real e setenta e nove centavos). Em relação ao preço do leite, não pudemos perceber tanta diferença. Sinceramente, achei que esta diferença seria maior.


Imagem de "BeerAdvocate"
 Existem outros produtos muito mais em conta se compararmos com o Real. Não vamos longe, os automóveis aqui.  Tu paga um preço justo por eles. Vamos aos exemplos. Tentei utilizar como referência, carros do mesmo modelo. Única diferença dos automóveis modelo Corsa, no Brasil são da marca GM-Chevrolet, e por aqui são da marca Opel, praticamente o mesmo carro. Então procurei num site bastante famoso por aqui Subito.it . Cheguei ao valor médio de 750 €. (aprox. R$2.100, lembrando na mesma cotação que utilizei anteriomente) , automóvel corsa ano 1998. Não me detive em opcionais tampouco motor (1.0 ou 1.4) apenas aos preços. No Brasil, através da tabela FIPE cheguei ao valor médio de R$9.085, nos modelos mais simples. E não contente com o valor, busquei o mesmo automóvel mas do ano de 1994, cheguei ao valor médio de R$7.287. Então, para comprar o mesmo carro, se fosse em euros o valor do carro no Brasil, seria de 3.244 euros.  

Novamente:

Mesmo carro no Brasil se gasta em média
 3.244 €
Na Itália compraríamos por 750 €. Aproximadamente 4,32 vezes mais. Com o dinheiro que gastaríamos para comprar quase quatro carros na Itália, compramos UM no Brasil.

Outro exemplo, falando em carros usados. Quanto aos automóveis zero km eu não vou entrar em questão, deixarei o link do canal do otário para vocês tirarem suas próprias conclusões.

Para facilitar, acabei colocando o próprio vídeo por aqui:



Mas citando como exemplo outro veículo. Peguemos o Nissan Micra, ano 1995, motor 1.0 6v no Brasil, através da tabela FIPE, o valor de R$5.029. E aqui na Itália encontrei um Nissan Micra ano 1994, 1.3 16válvulas por 1000€, que em reais seria aproximadamente 2.800 (utilizando a cotação de R$2,80). Ou seja, compro cinco (5) carros na Itália com o preço de um (1) no Brasil. Daí tu que conhece um pouco mais de carro, tem ideia melhor sobre os valores encontrados, e eu pergunto, com cerca de R$3.000 só compra “tranqueira” certo?! Este Nissa Micra que eu citei, está em ótimo estado, e encontrei outros também nas mesmas condições e preços equivalentes. 


Nissan Micra, ano 1995. Fonte: Cars-directory

Alguns de vocês devem estar pensando o quanto infeliz fui nestes exemplos utilizando carros “velhos”. Ou até mesmo um carro quase não visto no Brasil como o Nissan Micra. Mas me defendo, dizendo que foi apenas para termos uma ideia, uma referencia de valores.

Pois eu repito, o que sempre digo, foi-se o tempo que necessitar de um automóvel seja algo no âmbito do luxo ou vaidade, hoje o automóvel é praticamente considerado como necessidade do ser humano. Outro exemplo são as motocicletas, é quase “palhaçada” o preço que pagaríamos uma moto aqui, em comparação com o Brasil. E digo mais, eu não mencionei os impostos tanto do Brasil como da Itália, mas o que digo sinceramente é que, se o Brasil realmente revertesse os valores que pagamos em impostos em ações e obras em prol da sociedade, aí sim, seria outra história. Que no mínimo seria JUSTA.

Grande diferença entre estes dois países é que no Brasil, por exemplo, quando compramos um carro, por mais velho que ele seja sempre temos aquele receio de termos nosso patrimônio
 em questão furtado ou roubado. Certo?! Estou exagerando?! E então já temos que partir para outros gastos como seguro contra furto/roubo ou no mínimo garagem para deixá-lo à noite. Daí vocês fazem as contas por aí. Aqui na Itália, também existem taxas e outras obrigações a se pagar, como “passagem de propriedade” e um seguro que devemos ter, quase como seguro obrigatório no Brasil. Posso falar melhor outra hora sobre isto.

Quanto ao salário mínimo, eu deixarei para um próximo post.

Creio que já enchi a cabeça de vocês com tantos números, e agora vamos pensar um pouco sobre o assunto. Ah, não esqueça de assistir aquele vídeo que citei do Canal do Otário.
 

Por hoje é isso, grande abraço!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

"Jeitinho brasileiro" tomando conta do mundo?!



Imagem retirada em "Beto Lemela"


Afinal, o que é “jeitinho brasileiro” de onde surgiu isso?! Um dia resolvi pensar no assunto, e fui atrás para ler um pouco mais sobre isso, para ver se encontraria alguma fonte fidedigna na internet para poder avaliar melhor, e quem sabe ter uma opinião formada sobre o assunto. Então cheguei até o nome de: Roberto Da Matta. Que não sei porquê já achei uma pessoa interessante ao ler que além de várias atividades ele também era antropólogo.

Acabei lendo uma entrevista do professor Roberto, no blog Mania de História. Que de alguma forma me ajudou a embasar um pouco sobre o assunto. E vale a pena darem uma olhada.  

Imagem retirada em "Notícias de três linhas"

Então surge uma associação entre “jeitinho brasileiro” e malandragem, e pra variar, uma coisa leva a outra, cheguei até a informação que o personagem Zé Carioca, foi inspirado num paulista. E como título então da notícia: Zé Carioca era paulista!!! E vai dizer que não foi este personagem que levou mundo a fora esta visão de brasileiro malandro?!

Imagem de "Klick Educação"

Esta questão de “jeitinho brasileiro” não deixa de ter dois lados como tudo. E o “jeitinho” poderia ser algo positivo ou negativo. Mas o objetivo deste “post” de hoje é levantar esta questão, afinal o “jeitinho” está espalhado pelo mundo?! E por que grande parte das pessoas pensa que é genuinamente brasileiro?!  Acredito que o preconceito seja dos próprios brasileiros, como a ideia título deste texto. E a minha opinião é que o “jeitinho brasileiro” não está tomando conta do mundo, ele é apenas uma definição dada no Brasil.

Se por exemplo, buscarmos no Google “jeitinho americano” chegaremos até certo livro. (No site Cultura News encontrei uma entrevista com o autor.)
E seria um livro de crônicas que o autor
Matthew Shirts (americano) escreve sobre suas experiências no Brasil.(desde sua primeira impressão até, há quem diga que assuntos talvez melhores escritos que por um próprio brasileiro) Ou seja, ele escreve sobre a percepção de um americano no Brasil, sendo então escreve sobre o Brasil, com jeito de americano, ou “jeitinho americano” como preferir.

Numa tentativa infeliz de romantizar o clássico “jeitinho” seja de onde for, o intuito hoje era mostrar um pouco sobre o que pude notar aqui na Itália. Que no Brasil se poderiam ter mais formas de se beneficiar com os laços familiares e com amizades, como aquela história: “Ah tenho um amigo na prefeitura que pode me ajudar com isso.” Ou “Meu primo é policial e ele não vai deixar isso acontecer comigo...” enfim alguns exemplos nada legais (no ponto de vista de leis). E que em alguns outros países não seria uma realidade tão comum este “jeitinho” aquele que um amigo ou familiar  oportunizaria vantagens (Ideia encontrada em "Peça demissão e vá trabalhar!"). Eu discordo desta frase que se refere que seria algo em maior número encontrado no Brasil. Pois não precisamos nos esforçar muito seja onde estivermos para ver que ele existe. E citarei algumas formas de “jeitinho italiano” (italiano, pois vi por aqui) negativos:
 
- Por exemplo, estacionar o carro de uma forma não regulamentada pela lei para facilitar o acesso ao porta-malas, para mim é uma forma de “jeitinho” que vi aqui ;
 
- Pedir para o comerciante ou prestador de um serviço não emitir nota fiscal no real valor e sim abaixo para pagar menos taxas, também vejo com uma forma de “jeitinho”;
 
- Não usar luvas plásticas para pegar frutas/verduras no supermercado (pois aqui elas estão disponíveis para o cliente usar), pois está com pressa. Tive oportunidade de presenciar este fato, e o cidadão italiano em questão se justificou dizendo que se alguém chamasse sua atenção, ele simplesmente diria que estava com pressa e não se deu por conta que não havia colocado a tal luva; É um "jeitinho" ou não?!
Imagem em "Dr. Castanha"


- Aqui também tive o desprazer oportunidade de conhecer empresários que não pagam funcionários como deveriam. Utilizando o recurso de chamar pessoas por um período de experiência de duas a três semanas, e depois dizer que nãovão poder ficar com eles. Ou seja, repetem este “jeitinho” por várias vezes, “economizando” meses de salários para funcionários. Vou tentar ser mais claro:

Fonte da imagem "Em fechamento"


Vocês imaginam: O patrão malandro coloca um anúncio no jornal, chamando funcionários para preencher uma determinada vaga. Logo, surgem dezenas de pessoas interessadas, afinal estamos falando de um período, principalmente aqui na Itália, que faltam empregos. Então este empresário dotado de uma "sem-vergonhice" / "cara de pau" ,para não dizer outras coisas, seleciona umas duas pessoas por vez, faz uma “experiência”, logo inventa uma desculpa esfarrapada, e aquela pessoa que acreditava ter encontrado “quase uma agulha no palheiro” abaixa a cabeça e vai embora sem receber um centavo após dias de trabalho caprichado, afinal para agarrar-se com “unhas e dentes” nesta oportunidade não podia deixar nada mal feito. E esta “esperteza” toda do patrão citado,  se repete por muitos e muitos meses, daí tu faz as contas aí de quantas pessoas foram prejudicadas. E fica torcendo para que logo a “casa caia” para este indivíduo.

Então o que concluo com tudo isso é que “espertinhos”/”gente querendo passar a perna no outro”, ou seja lá a denominação que podemos usar, existe no Brasil, na Itália ou em qualquer lugar do mundo. E não foi minha intenção listar situações que aconteceram por aqui a fim de denegrir a imagem de um país ou região, mas sim apenas ilustrar situações para aqueles que pensam que qualquer lugar fora do Brasil seja perfeito. Sim, infelizmente existem pessoas que pensam assim. Utilizei deste espaço também para desabafar questões que me desagradam e também para chamar a atenção daqueles que pretendem sair do Brasil estarem sempre atentos com estas situações que existem em todo o mundo, e principalmente, ser um recém-chegado com pouca experiência no novo lugar é um “prato cheio” para estas “gaviões” de plantão.
Por onde mais eu passei para escrever esta postagem, aqui disponibilizo dois outros links que podem ser interessantes:   

1) Centro Debate: Escritório do Senador Jarbas Vasconcelos no Recife.
  
2) Peça demissão e vá trabalhar! A partir do primeiro link acima, podem chegar até este outro que citei anteriormente no meu texto, onde sou contrário à ideia que o "jeitinho" seria encontrado em maior número no Brasil.
 
Vou ficando por aqui. 

Um grande abraço a todos! 
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