quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Problemas com banco no exterior


Imagem do blog "Planejando viagens"

O texto de hoje é quase que um desabafo. Mas antes de ter a função apenas catártica, viso principalmente chamar a atenção de todos vocês que estão com planos de sair do Brasil seja por quanto tempo for.

Como vocês já podem ter notado em minha forma de escrever, às vezes eu gosto das coisas “nos mínimos detalhes”. (Como o personagem Explicadinho..hehe) E não diferente, falar sobre dinheiro é um assunto muito sério, pois afinal, é uma das coisas que mais nos preocupa na vida. Pois a menos que tu tenhas uma muda (não me refiro nem a arvore) no fundo do teu quintal que gere euros ou dólares, tu deve concordar comigo.

Então, continuemos:

Antes de sairmos do Brasil, é muito importante termos bem claro como ficará nossa conta do banco. Óbvio que tu estarás indo para outro país, e precisará de alguém para resolver certas “pendências” neste teu período de ausência.

Vamos deixar de enrolação e partir para o caso prático.




Imagem retirada em "Libero Social"

No Brasil, estava me organizando (financeiramente) para a tão esperada viagem à Itália. Até aí tudo ótimo. Economizava cada centavo, pois sabia que faria toda a diferença no final das contas. Quem vive com o orçamento meio apertado já tem uma ideia muito clara de como isso funciona.  Então, no Brasil mesmo, procurei minha agência do banco que eu juro por tudo que é mais sagrado pensei mil vezes antes de pensar em citar este nome aqui do Brasil, para digamos “estreitar” relações com o meu gerente, afinal, se eu não o conhecesse bem não poderia confiar nele, pois cá entre nós, eu estaria cerca de 10.000 km de distância, com praticamente minha vida monetariamente falando, na administração/cuidado/mão de um desconhecido?! Não mesmo. Então, procurei o “dito cujo” para explicar minha situação. Muito simpático, educado, prestativo... Tudo que se espera de um profissional neste âmbito. Deixei bem claro o que eu pretendia e o que precisaria dele. Falei que precisaria de contatos possíveis para que pudesse resolver qualquer problema à distância. Então, obtive telefone da agência, telefone celular, até mesmo um e-mail pessoal. Você deve estar pensando, uma história digna de dar inveja a uma grande história de amor..hauahua... Enfim, e aí o que aconteceu?! (Bah me lembrei da música do Mamute...que gruda feito...)  Aconteceu, que quando a pessoa (não vou nem citar nomes) tem dinheiro no banco, uma conta especial, um cliente diferenciado, e daí o pessoal do banco só falta colocar um tapete vermelho na entrada quando você está chegando. E depois, quando tu mais precisas, o que acontece?!


Eu saí do Brasil  prevendo imaginando  já o que poderia acontecer, e então deixei com uma pessoa de confiança uma procuração lhe dando totais direitos sobre a minha conta deste banco, juntamente com um dos meus cartões. Lembro então, com letras GARRAFAIS:

- Ao sair do Brasil, deixe sempre uma pessoa de sua confiança com uma procuração lhe dando alguns direitos sobre a tua conta;

- Por mais óbvio que pareça, é importante ter os contatos da sua agência no Brasil, como: telefone da agência, telefone do seu gerente (tem gente que nem sabe o nome do seu).

Mas daí contarei uma pequena história pra vocês:


Ilustração de "Amigo Geek"

Depois de tantos dias para me organizar aqui na Itália, entre hotéis, de uma cidade para outra... Eu como todo bom obsessivo prevenido não acessava minha conta em locais que poderia ser arriscado para expor meus dados (lan house, PC do hotel...) Daí um belo dia quando já estava com internet própria, na minha casa... Desejei acessar minha conta através da internet. E o que aconteceu?! Apareceu uma mensagem que eu tinha digitado a senha errada. Muito bem, eu pensei: - Deve fazer tanto tempo que não acesso a conta, que não tenho certeza da senha. Digitei outra senha que poderia ser... Como vocês podem imaginar, resultou em senha incorreta pela segunda vez. E então, nessa hora eu já nem sabia mais o que era senha errada ou certa, devo ter digitado qualquer uma novamente, e o quê aconteceu?! Sim, senha digitada pela terceira vez de forma incorreta, senha BLOQUEADA.

Daí você aí, no conforto da sua casa, deve estar pensando: Daí Felipe, tu deve ter entrado em contato com o teu gerente (aquele amigão) e resolvido tudo, certo?!

Errado!!! Eu com toda a calma do mundo mandei um e-mail para o Sr. Gerente. E ele com toda eficácia do mundo, me respondeu no mesmo dia dizendo que iria ver o que poderia fazer neste caso. E depois disso, se passaram: exatamente 30 dias (trinta) para eu resolver por conta própria. Pois para não parecer um louco desesperado compulsivo insistente mandei apenas três e-mails de forma espaçada, respeitando o tempo do profissional, e tendo bem claro que eu não era o único cliente dele, então eu deveria esperar pacientemente.

Mas daí você se coloca no lugar do pobre Cristo no meu lugar e imagina a situação: Longe da sua agência no Brasil, distante da agência aqui da Itália cerca de uns 200 km. Mas como digo sempre, até aí tudo bem, pois na pior das hipóteses eu poderia ir até Milão onde tem uma agência do banco do Brasil mais próxima de mim, e resolver o problema. Então, antes de apelar para ir até a agência aqui na Itália. Obviamente tentei contato telefônico com a minha agência no Brasil. Ninguém atendeu. Aqueles e-mails para o gerente, nem para dar uma resposta negativa. Até que o esperto aqui eu fiquei sabendo que os bancos estavam em greve no Brasil. Pensei (para não escrever outra coisa) que maravilha! E agora?! Daí levantei as mãos para o céu e agradeci pela benção da Nossa Senhora da Caixa de autoatendimento lembrei que a minha última saída era pedir para aquela pessoa que deixei a responsabilidade bancária no Brasil, ir até um caixa eletrônico para desbloquear a senha.

Mas até aí também, nada de novo ou tão absurdo além do fato de sempre termos que provar quem somos agora um golpista tira dinheiro da nossa conta e faz compras em nosso nome e não dá nada; Muitas coisas se fazem por telefone ou internet de maneira muito simples; Mas quando tu mais precisas...dá nisso... Então, comecei a dar uma olhada na internet, e encontrei informações valiosas como aquela que disse algo como: Você não é o único que passou por isso, e parece que existe alguma falha no sistema que julga tua senha estar errada, e ao digitá-la três (3) vezes é bloqueada.

Resumo da ópera:
No fim já não sabia mais qual senha de acesso à conta através da internet era correta (até aí erro e má organização minha) e então minha dúvida era em duas. Mas um anjo soprou ao meu ouvido algo me disse para tentarem tal senha o desbloqueio. E o outro dilema era, ao tentar desbloquear a senha no autoatendimento, se digitar uma (1) vez a senha incorreta, daí só indo até uma agência do banco para fazer este procedimento. Daí relembro a greve no Brasil, que sei lá até quando iria se estender, e o outro fato, de eu ter de rodar cerca de 200 km para ir até uma agência aqui em Milão, e rezar contar com a sorte que conseguisse resolver sem me complicarem em nada. Porque tu sabes bem, né?! Quando querem complicar, eles conseguem.


pontos importantes:


Mas toda essa história serviu para eu aprender algumas coisas: (E agora servir como exemplo para vocês, e não se estressarem como me estressei.)


1) Não contar com minha memória sempre;

2) Contar com variáveis não imaginadas antes, como: Greve;

3) Sempre deixar alguém no Brasil com procuração para poder resolver todas as pendências bancárias. E quanto esta procuração, no banco mesmo eles podem te orientar quanto a isso.

4) Não confiar 100% nestes serviços bancários. Pois quando você mais precisar, pode ficar na mão.

5) Lembrar o gerente sobre o cartão está liberado para uso internacional; Pois eu tinha conversado mais de uma vez com o meu gerente antes da viagem, e ele disse que tinha desbloqueado tal serviço, mas por algum problema no sistema não tinha efetivado tal mudança, então só depois conseguimos efetuá-lo; 

6) Não vir com um único cartão;
     6.1  Por exemplo, eu vim com cartões de bandeira Visa e Master Card, pois vá saber quando der pane num ou outro.
    6.2 Como vim com a minha esposa para a Itália, eu trouxe os meus cartões e os da conta dela, pois não seria nada agradável estar sem dinheiro nestas condições. Daí tu imagina, poderia ser um caso de alguém que depende até mesmo deste cartão para voltar pra casa/pagar hotel ou até mesmo se alimentar.


7) Contar com estas possibilidades, que muitas vezes não tem a ver com o banco tampouco com seu gerente, mas problemas na leitura do cartão, ou dá máquina que irá ler tais informações... e sei lá mais que problemas poderiam ocasionar;

8)  Não importa o banco, acabei citando o banco do Brasil, pois foi a partir deste que obtive tal experiência, mas esteja atento com os serviços contratados frente a frente com o pessoal do banco, questione, quantas vezes forem necessárias sem receio de parecer ignorante quanto ao assunto, pois só assim, terá menos chances de dores de cabeças posteriores.

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