"Eu sempre me pergunto o porquê dos pássaros escolherem ficar no mesmo lugar quando eles podem voar para qualquer lugar da terra. Então me faço a mesma pergunta." - Harun Yahya
Abaixo uma demonstração de algo
positivo que devemos e deveríamos sempre fazer com as diferenças: Uni-las em forma de arte e boas vibrações em
vez de discriminação e afastamento daqueles que muitas vezes julgamos “diferentes”.
Um pouco sobre pobreza, racismo, discriminação, preconceito, caridade percebidos na Itália. Primeiramente penso ser interessante entendermos a diferença entre os conceitos: Racismo, discriminação e preconceito social
Uma das primeiras vezes que entrei em um supermercado italiano chamou muito a minha atenção ver as embalagens diferentes daquelas que eu já estava habituado ver no Brasil. Principalmente uma que era de atum ou sardinha, não me recordo bem, e tinha a imagem de um marinheiro com cachimbo, sim, quase o Popeye. (hehe) (Eis aqui a imagem). Mas o que mais me chamou a atenção não foi isso, mas sim, outra embalagem que era de lentilha:
E vamos lá então: Uma parte do valor arrecadado na venda deste produto será destinado ao Projeto CESVI, Casa del Sorriso" in Brasile, certo?! Daí eu pensei: Ajudar, fazer caridade é um ato nobre e digno de muito orgulho e satisfação. Mas como sou meio desconfiado permiti meus pensamentos irem mais além, como: Do outro lado do oceano, um país como a Itália, precisar estampar em algumas de suas embalagens a proposta de ajuda às “crianças brasileiras que vivem em favelas”. E logo eu pensei, será que o dinheiro vai mesmo às crianças?! Ou são artimanhas da publicidade em ganhar dinheiro às custas de um problema, uma vez que está longe, ninguém pode controlar o destino final do que foi arrecadado. É nestas horas eu quero ser acreditar mais num mundo bom e acho sim que o dinheiro chega e que faz o bem a muitas pessoas. (Particularmente não conheço este projeto, deveria me informar sobre. Não quero julgá-lo, muito menos dizer que não é sério. Simplesmente não o conheço. Estou apenas apresentando algo que vi diferente por aqui.)
Imagem retirada em "Quadriculada" Ver mais em: "Lailson"
Mas o que tem a ver isso que estou dizendo?! Como disse antes, é muito importante ajudar pessoas que precisam, auxiliando a criar oportunidades para seu desenvolvimento para que possam fazer suas vidas por si só e não depender de doações para o resto de suas vidas.
Aqui na Itália pude presenciar alguns locais com coleta de roupas usadas. (Imagem acima) Sim, tem alguns locais (no Brasil tem lixeiras italianas), para as pessoas colocarem roupas que não desejam mais ali para alguém que precise poder pegá-las. Mas não podem ser roupas rasgadas, devem ser roupas de preferência limpas e íntegras. Afinal, é para uma pessoa que pretende vestir. Mas um fato que me chamou muita atenção, foi certa vez um cidadão, parando sua motinho (scooter) ao lado deste “contenitore” nem sequer desceu ou desligou a moto, e pegando algumas roupas de dentro. Então tu pensas um pouco no assunto. Percebi também aqui na Itália, um grande preconceito por parte de alguns estrangeiros como (afro-descendentes, indianos, árabes, chineses...) Ou mesmo, toda pessoa que se diferencia do típico italiano, ou simplesmente características similares com um destes grupos que citei acima entre parênteses, são alvo já de discriminação. Mas é necessário outro ponto importante aqui quando mencionei algo sobre diferente do típico italiano: Como podemos dizer que alguém típico de algum lugar pela sua fisionomia? Eu não sei. Foi-se o tempo de pensarmos nisso, pois atualmente com o crescimento populacional, globalização..sei lá... As pessoas estão procurando locais diferentes para viver, e a prova disso é olharmos para o brasileiro. Um cidadão brasileiro, nascido no Brasil, pode ser branco, negro, amarelo, alto, baixinho, com cabelo comprido, barba longa..e por aí vai. Na Itália, me parece que não está tão longe disso. Mas para encurtar a história, de qualquer forma, se você for diferente daquilo que se espera - pronto! Grande chance de sofrer discriminação.
Agora eu passo para outro ponto, que poderia ser até discutido em outra postagem, mas vou aproveitar o momento, que me empolguei aqui.
Que não foge daquilo que tinha dito antes, sobre a ajuda às crianças. Penso que antes de enviar dinheiro à África, Brasil, seja lá qual país, ou adotar uma criança à distância, se deve respeitar aqueles que estão perto. Educando seus filhos a respeitarem estas pessoas. São iguais a qualquer um, apenas possuem traços físicos e culturais diferentes dos nossos. Mas todos são iguais. Abomino preconceito, discriminação de qualquer forma.
Aqui na Itália ainda não sofri discriminação pelo fato de ser brasileiro. Só ao conversar com alguns italianos, sempre estranharam o fato de minha esposa e eu termos a pele clara, acreditando que brasileiros teriam a pele mais escura. (Preconceito?!) Falo em Brasil, sempre ouço palavras como: futebol, carnaval..e agora ouço terra de Ronaldinho e Kaká.. E sempre que falo meu nome, muitos já associam: Ah, igual ao Felipe Massa. E eu digo, sim sim..igual ao Felipe Massa.heuheue..
Ainda sobre o preconceito/racismo/discriminação racial:
Antes de vir para a Itália, eu andei lendo/escutando/assistindo muita coisa sobre a Itália, e uma delas que fiquei muito supreso, leia-se decepcionado foi um relato do “Seu Jorge” sobre o que ele passou por aqui. Assista ao vídeo e ouça suas declarações:
Também tem o caso da Miss Silvia Novais. Leia reportagem do Jornal Hoje. (Clique aqui)
Não posso deixar de citar também o grande jogador Mario Balotelli. Separei uma pequena reportagem de "News Paraiba". E outra reportagem, onde noticia que o time da seleção italiana visitou o campo de concentração de Auschwitz, onde tiveram uma "lição contra o preconceito racial."
Pensem no assunto e, se possível, deixem sua opinião. Mas não pensem muito, pois precisamos de AÇÃO!
Hoje completo 120 dias em terras italianas. E o que posso dizer até aqui? Olha pessoal, o que posso dizer até aqui é que principalmente, como já falei em uma postagem anterior (Importância de saber o outro idioma) que peloamordedeus é muito importante saber falar o máximo possível de italiano quando se pensa vir para a Itália para viver. Pois aquele papo de que o idioma italiano é parecido com o português e se entende tudo, não é beeeem por aí.
Nestes praticamente quatro (4) meses aqui pude perceber a importância de saber o idioma, pois eu tive que aprender o máximo na “marra”. Ao ver as coisas acontecendo, e não poder falar nada. Eu me sentia um verdadeiro idiota, por não conseguir abrir a boca e falar o que pensava, sabe por quê? Porque eu não sabia, ou mesmo medo de errar. Quando tinha oportunidade eu falava um pouco de inglês, um pouco de italiano. Mas aos poucos foi diminuindo a freqüência das vezes que utilizava o idioma inglês, (o que não parece ser realidade por aqui) e fui me forçando a aprender o idioma daqui.
Tive muita sorte de vir acompanhado da minha esposa que já falava italiano, senão com certeza estaria lascado mal. Pois o fato de me sentir dependente o tempo todo me incomodava muito. Comprar uma passagem, perguntar se o trem era aquele mesmo, perguntar onde fica uma rua, pedir dois cafés com leite, pedir licença, saber se apresentar, dizer o que sabe fazer e por aí vai. Absolutamente toda nossa comunicação verbal travada por não saber se expressar no idioma local.
Com certeza já devo ter passado a impressão até de ser mudo, sei lá. Pois lembro de uma vez que auxiliei um grupo de teatro a montar o palco. Eu não sabia dizer: “onde coloco isso...e isto?” Mas acredito que eu tive facilidade em aprender, pois ouvia poucas vezes e já sabia o que significava cada palavra.Também muitas vezes me senti péssimo por não saber me expressar. Então valorize o fato de dominar o idioma aí, e quando tiver que falar para alguém poucas e boas, conseguir fazê-lo..heuheueh. No Brasil eu já valorizava isso, quem me conhece sabe que eu várias vezes dizia: “Sim, podemos fazer isso, pois dominamos o idioma...” Parece nada a ver?! Pode até ser, mas não é qualquer um que valoriza isso.
Comecei a prestar atenção em alguns detalhes, em pouco tempo já sabia empregar uma frase pronta, daí sempre dava um jeito de usá-la. E aos poucos foi aumentando meu repertório de frases conhecidas e bastante usadas. Ah os verbos...sim, estes me complicam, pois falar algo como eu faço, eu vou fazer é uma coisa, mas daí quando chegava na hora de falar do passado, já me complicava a vida.
Confesso que não estudo nem a metade do que precisaria estudar, mas tenho me dedicado um pouco à leitura e principalmente assistir filmes com legenda e áudio em italiano. No início não entendemos muitas coisas, é importante manter a calma e fazer aquela “cara de entendido” (hehe), anotar as palavras que se ouve na maior parte do tempo, e aumentando seu vocabulário. Mas antes de decorar o dicionário, é importante saber empregar as palavras, começando pelo básico como, por exemplo: Cumprimentando, agradecendo, se apresentando, fazendo perguntas simples e por aí vai.
É engraçado, há pouco tempo eu havia feito meu currículo e colocado meu nível de italiano como “discreto”, hoje já posso dizer que mudei para o “bom”. Pois já consigo levar adiante uma conversa, sem ficar naquela coisa de “Oi tudo bem? Como se chama, o que gosta de fazer, que tipo de música curte?!..heuehue Posso dizer que já conquistei amizades aqui por conta própria, e não por pessoas que me apresentaram. Ou seja, me aproximei de pessoas, e elas permanecem perto de mim pois já consigo mostrar um pouco mais de quem eu sou. Algo que foi engraçado estes dias, foi quando resolvi contar uma história para um casal de amigos. Minha esposa achou que eu não conseguiria ir até o fim, e no final se surpreendeu com o resultado. Pois terminei de contar e me fiz entender. E aí?!
Esta postagem hoje, não teve como objetivo me gabar do meu avanço no nível de idioma estrangeiro, mas sim, mostrar um pouco das dificuldades que uma pessoa que não conhece um idioma passa ao chegar num país diferente. E que com um pouco de esforço é claro e exposição é possível aprender bastante. Basta estarmos abertos e dispostos para isso. E como é importante não subestimarmos nada nem ninguém, como ouço muitas pessoas dizendo que o idioma italiano é quase igual ao espanhol ou português, mas não estou dizendo que não são parecidos, o que quero dizer que se temos como “madrelingua” um idioma de origem latina não podemos julgar que já temos capacidade de nos comunicarmos em italiano ou espanhol, pois existem muitas diferenças.(talvez quem tenha fluência sabe muito bem disso) Respeite isso, eu não sei tudo, não acho que sei tudo. Outro ponto importante é que, cada pessoa é diferente e cada uma tem percepção diferente. O que é fácil para mim pode ser mais difícil para ti, ou vice-versa. O idioma italiano é lindo, e quase um vício, pois aos poucos começamos a pegar gosto e temos vontade de falar o tempo todo. Ao estarmos incluso numa cultura, acabamos absorvendo muito rápido muitas informações. E inacreditavelmente eu sou a prova disso. Pois vocês não sabem o quanto eu esperava chegar até aqui e dizer que tenho o mínimo de conhecimento necessário.
Então, como naqueles vídeos motivacionais, se eu consegui você também consegue..hauhauha..
Como minha avó já dizia (bah me lembrei da música do Raul agora...) “faça o que digo não faça o que faço”... Tente estudar o quanto puder de italiano antes de vir para cá. Eu já havia lido sobre pronúncia, já tinha ideia de ler algo, mas vim muito cru. E passei por situações desnecessárias, que se soubesse já o suficiente não passaria. Pense nisso:
Agora uma frase para refletir, como tema de casa..hehe. :
"Quanto mais você sua nos treinamentos, menos sangra no campo de batalha." COLONELRED
O texto de hoje é quase que um desabafo. Mas antes de ter a função apenas catártica, viso principalmente chamar a atenção de todos vocês que estão com planos de sair do Brasil seja por quanto tempo for.
Como vocês já podem ter notado em minha forma de escrever, às vezes eu gosto das coisas “nos mínimos detalhes”. (Como o personagem Explicadinho..hehe) E não diferente, falar sobre dinheiro é um assunto muito sério, pois afinal, é uma das coisas que mais nos preocupa na vida. Pois a menos que tu tenhas uma muda (não me refiro nem a arvore) no fundo do teu quintal que gere euros ou dólares, tu deve concordar comigo.
Então, continuemos:
Antes de sairmos do Brasil, é muito importante termos bem claro como ficará nossa conta do banco. Óbvio que tu estarás indo para outro país, e precisará de alguém para resolver certas “pendências” neste teu período de ausência.
Vamos deixar de enrolação e partir para o caso prático.
No Brasil, estava me organizando (financeiramente) para a tão esperada viagem à Itália. Até aí tudo ótimo. Economizava cada centavo, pois sabia que faria toda a diferença no final das contas. Quem vive com o orçamento meio apertado já tem uma ideia muito clara de como isso funciona. Então, no Brasil mesmo, procurei minha agência do banco que eu juro por tudo que é mais sagrado pensei mil vezes antes de pensar em citar este nome aqui do Brasil, para digamos “estreitar” relações com o meu gerente, afinal, se eu não o conhecesse bem não poderia confiar nele, pois cá entre nós, eu estaria cerca de 10.000 km de distância, com praticamente minha vida monetariamente falando, na administração/cuidado/mão de um desconhecido?! Não mesmo. Então, procurei o “dito cujo” para explicar minha situação. Muito simpático, educado, prestativo... Tudo que se espera de um profissional neste âmbito. Deixei bem claro o que eu pretendia e o que precisaria dele. Falei que precisaria de contatos possíveis para que pudesse resolver qualquer problema à distância. Então, obtive telefone da agência, telefone celular, até mesmo um e-mail pessoal. Você deve estar pensando, uma história digna de dar inveja a uma grande história de amor..hauahua... Enfim, e aí o que aconteceu?! (Bah me lembrei da música do Mamute...que gruda feito...) Aconteceu, que quando a pessoa (não vou nem citar nomes) tem dinheiro no banco, uma conta especial, um cliente diferenciado, e daí o pessoal do banco só falta colocar um tapete vermelho na entrada quando você está chegando. E depois, quando tu mais precisas, o que acontece?!
Eu saí do Brasilprevendo imaginandojá o que poderia acontecer, e então deixei com uma pessoa de confiança uma procuração lhe dando totais direitos sobre a minha conta deste banco, juntamente com um dos meus cartões. Lembro então, com letras GARRAFAIS:
- Ao sair do Brasil, deixe sempre uma pessoa de sua confiança com uma procuração lhe dando alguns direitos sobre a tua conta;
- Por mais óbvio que pareça, é importante ter os contatos da sua agência no Brasil, como: telefone da agência, telefone do seu gerente (tem gente que nem sabe o nome do seu).
Depois de tantos dias para me organizar aqui na Itália, entre hotéis, de uma cidade para outra... Eu como todo bom obsessivo prevenido não acessava minha conta em locais que poderia ser arriscado para expor meus dados (lan house, PC do hotel...) Daí um belo dia quando já estava com internet própria, na minha casa... Desejei acessar minha conta através da internet. E o que aconteceu?! Apareceu uma mensagem que eu tinha digitado a senha errada. Muito bem, eu pensei: - Deve fazer tanto tempo que não acesso a conta, que não tenho certeza da senha. Digitei outra senha que poderia ser... Como vocês podem imaginar, resultou em senha incorreta pela segunda vez. E então, nessa hora eu já nem sabia mais o que era senha errada ou certa, devo ter digitado qualquer uma novamente, e o quê aconteceu?! Sim, senha digitada pela terceira vez de forma incorreta, senha BLOQUEADA.
Daí você aí, no conforto da sua casa, deve estar pensando: Daí Felipe, tu deve ter entrado em contato com o teu gerente (aquele amigão) e resolvido tudo, certo?!
Errado!!! Eu com toda a calma do mundo mandei um e-mail para o Sr. Gerente. E ele com toda eficácia do mundo, me respondeu no mesmo dia dizendo que iria ver o que poderia fazer neste caso. E depois disso, se passaram: exatamente 30 dias (trinta) para eu resolver por conta própria. Pois para não parecer um louco desesperado compulsivo insistente mandei apenas três e-mails de forma espaçada, respeitando o tempo do profissional, e tendo bem claro que eu não era o único cliente dele, então eu deveria esperar pacientemente.
Mas daí você se coloca no lugar do pobre Cristo no meu lugar e imagina a situação: Longe da sua agência no Brasil, distante da agência aqui da Itália cerca de uns 200 km. Mas como digo sempre, até aí tudo bem, pois na pior das hipóteses eu poderia ir até Milão onde tem uma agência do banco do Brasil mais próxima de mim, e resolver o problema. Então, antes de apelar para ir até a agência aqui na Itália. Obviamente tentei contato telefônico com a minha agência no Brasil. Ninguém atendeu. Aqueles e-mails para o gerente, nem para dar uma resposta negativa. Até que o esperto aqui eu fiquei sabendo que os bancos estavam em greve no Brasil. Pensei (para não escrever outra coisa) que maravilha! E agora?! Daí levantei as mãos para o céu e agradeci pela benção da Nossa Senhora da Caixa de autoatendimento lembrei que a minha última saída era pedir para aquela pessoa que deixei a responsabilidade bancária no Brasil, ir até um caixa eletrônico para desbloquear a senha.
Mas até aí também, nada de novo ou tão absurdo além do fato de sempre termos que provar quem somos agora um golpista tira dinheiro da nossa conta e faz compras em nosso nome e não dá nada; Muitas coisas se fazem por telefone ou internet de maneira muito simples; Mas quando tu mais precisas...dá nisso... Então, comecei a dar uma olhada na internet, e encontrei informações valiosas como aquela que disse algo como: Você não é o único que passou por isso, e parece que existe alguma falha no sistema que julga tua senha estar errada, e ao digitá-la três (3) vezes é bloqueada.
Resumo da ópera: No fim já não sabia mais qual senha de acesso à conta através da internet era correta (até aí erro e má organização minha) e então minha dúvida era em duas. Masum anjo soprou ao meu ouvido algo me disse para tentarem tal senha o desbloqueio. E o outro dilema era, ao tentar desbloquear a senha no autoatendimento, se digitar uma (1) vez a senha incorreta, daí só indo até uma agência do banco para fazer este procedimento. Daí relembro a greve no Brasil, que sei lá até quando iria se estender, e o outro fato, de eu ter de rodar cerca de 200 km para ir até uma agência aqui em Milão, e rezar contar com a sorte que conseguisse resolver sem me complicarem em nada. Porque tu sabes bem, né?! Quando querem complicar, eles conseguem.
pontos importantes:
Mas toda essa história serviu para eu aprender algumas coisas: (E agora servir como exemplo para vocês, e não se estressarem como me estressei.)
1) Não contar com minha memória sempre;
2) Contar com variáveis não imaginadas antes, como: Greve;
3) Sempre deixar alguém no Brasil com procuração para poder resolver todas as pendências bancárias. E quanto esta procuração, no banco mesmo eles podem te orientar quanto a isso.
4) Não confiar 100% nestes serviços bancários. Pois quando você mais precisar, pode ficar na mão.
5) Lembrar o gerente sobre o cartão está liberado para uso internacional; Pois eu tinha conversado mais de uma vez com o meu gerente antes da viagem, e ele disse que tinha desbloqueado tal serviço, mas por algum problema no sistema não tinha efetivado tal mudança, então só depois conseguimos efetuá-lo;
6) Não vir com um único cartão;
6.1 Por exemplo, eu vim com cartões de bandeira Visa e Master Card, pois vá saber quando der pane num ou outro. 6.2 Como vim com a minha esposa para a Itália, eu trouxe os meus cartões e os da conta dela, pois não seria nada agradável estar sem dinheiro nestas condições. Daí tu imagina, poderia ser um caso de alguém que depende até mesmo deste cartão para voltar pra casa/pagar hotel ou até mesmo se alimentar.
7) Contar com estas possibilidades, que muitas vezes não tem a ver com o banco tampouco com seu gerente, mas problemas na leitura do cartão, ou dá máquina que irá ler tais informações... e sei lá mais que problemas poderiam ocasionar;
8)Não importa o banco, acabei citando o banco do Brasil, pois foi a partir deste que obtive tal experiência, mas esteja atento com os serviços contratados frente a frente com o pessoal do banco, questione, quantas vezes forem necessárias sem receio de parecer ignorante quanto ao assunto, pois só assim, terá menos chances de dores de cabeças posteriores.
Hoje gostaria de compartilhar um grande dilema que muitas pessoas passam várias vezes em suas vidas. A escolha de algum nome. Por exemplo, este texto foi escrito antes mesmo de eu decidir qual nome colocaria neste blog, talvez este foi o fato que me fez pensar e escrever sobre o assunto. Mas daí antes de você “queimar neurônios” eu explico que eu comecei escrevendo offline alguns textos, para que quando colocasse o blog no ar já tivessem alguns textos para inserir.
Mas me proponho a um desafio, que até o fim deste texto decidirei o nome do blog. Combinado?! E daí eu respondo para mim mesmo: -- Combinado. Voltemos então ao problema: Muitos de nós passamos por estas dificuldades em vários momentos da vida... Como por exemplo: qual nome colocar no cachorro que adotamos, qual nome da banda que estamos formando com o pessoal do colégio, o nome do filho ou da filha, do blog, qual nome colocar no seu e-mail, título de internet wireless, ou até mesmo qual nome colocar no ranking de alguns “joguinhos” como Sudoku ou aquele famoso das “formiguinhas achatadas na mesa”. Mas para piorar nossa situação de “dar nome aos bois”, que até isso já é outro problema quando nos referimos a algo ou alguém que não desejamos divulgar o nome, alguém nos pede isso.
Muitas vezes não basta apenas colocar um nome comum, como num filho, por exemplo, (Se você encontrar seu nome logo adiante, não se ofenda, por favor, pois é apenas uma tentativa de ilustração): João, José, Felipe, Paulo, pois neste caso de dar nome a um futuro herdeiro nosso não precisamos colocar um nome inédito, certo?! Deve ser por isso que o mundo tem tantos homônimos espalhados.
Mas continuemos o raciocínio, e a dificuldade se dá, ou como poderiam dizer “onde a porca torce o rabo” é na questão de dar um nome novo àquilo que desejamos relacionar a nós. O número de pessoas no mundo cresce a cada dia, e cada vez se torna mais difícil denominar algo de uma forma nova. Quer uma prova disto?! Tente criar uma conta de e-mail no Hotmail ou Gmail. E depois me diga se não houve dificuldade em criá-lo. Então o computador de uma forma “quase mágica” te sugere a adição de um número para diferenciar do nome que já existia. Isto também podemos notar nos números de telefone, que cada vez mais adicionam dígitos. Lembro que há uns 20 anos atrás, o telefone da minha casa tinha 6 (seis) dígitos e agora já são 8 (oito).(Em São Paulo já estava em nove).Imagina se a situação continuar assim, em poucos anos quantos números precisariam para atender toda a população que usa este serviço. Imagina se a moda pega na hora de registrar um filho?! Nossos nomes seriam já em exponenciais, como Felipe1984²³... Falando nisso, devemos levantar as mãos para o céu e agradecer pelo fato de que alguém já escolheu nosso nome antes mesmo de nascermos. Talvez pelo fato de terem alguns meses para isso. Por favor, aquele exemplo da música do Tiririca não é referência para este caso - Música Padroeiro do Ceará. Mas realmente é complicado. Primeiro, porque muitas pessoas não só pensaram no mesmo nome que gostaria de colocar na sua banda, por exemplo, como já o fizeram. Daí falando em nomes de bandas, como todo o respeito a estes conjuntos, podemos lembrar alguns quase no âmbito do “impossível”, pois se fosse você a batizar seu grupo assim, talvez muitos zombariam ao ouvir sua declaração. Decidi não citar nenhum nome de banda para não me comprometer com alguns fãs. Mas você leitor, com certeza já deve ter idéia de alguns nomes aí, certo?! Então o que disse não é tão absurdo, é?!
Mas como eu disse, gostaria de pensar alguns nomes para o blog, e compartilhá-los praticamente em tempo real. Se eu desejo fazer um blog que fala sobre viagem, Itália, minhas experiências, talvez deveria ter um nome relativo a isso. Mas agora eu posso confessar uma coisa para vocês. Eu de fato não consegui decidir o nome do blog enquanto escrevia esse texto, pois devido ao meu alto nível de exigência para algumas coisas, neste caso eu não conseguiria pensar em nomes enquanto escrevia por aqui. Então saí da frente do computador, e levei alguns dias para pensar no assunto. Daí cheguei à conclusão do nome que vocês já sabiam desde que chegaram neste blog – Torno Súbito 8. E agora é o momento de eu explicar o porquê e como decidi este nome.
Bem, quando minha esposa e eu ainda estávamos namorando, já conversávamos sobre sair do Brasil, e como ela já tinha viajado pela Itália, ela me apresentou um CD do músico Max Pezzali, pois tinha assistido a seu show quando estava pelas “bandas de cá” e o título deste álbum era Torno Subito, que não por acaso a primeira música era a própria que denominava o álbum, e aí foi paixão à “primeira escutada vista”. E logo, tratei de aprender a tocá-la no violão, em pouco tempo já estava tocando esta música, “arranhando” minhas primeiras palavras em italiano, e imaginando que um dia eu poderia entender cada palavra que cantava naquela música. Confesso que aguardava ansiosamente para que este dia chegasse. Então, eu pensei: Bah, eu curto muito esta música, que hoje já consigo entender o que ela quer dizer (afinal com alguns dias na Itália já pude aprender alguma coisa do idioma).
Mas peraí Felipe, tu enrolou, mas acabou dizendo o porquê do nome do teu blog, mas e o número 8, tem um por quê?! Ou foi apenas sugestão automática do Blogger?! Ah sim, muito boa a tua pergunta, que na realidade fui eu quem imaginou. Não, o número 8 não foi sugestão, pois eu poderia inserir qualquer número ali, já que apenas Torno Subito não daria. Mas daí eu voltei a assistir o clipe desta música, e vi que logo no início do clipe, aparece um símbolo com um número no meio, e não preciso nem dizer que número era, né?! Daí comecei a pensar um pouco mais neste número, e comecei a buscar justificativas de tê-lo escolhido: Talvez me empolguei e acabei não dizendo o significado em português de torno subito. Significa Volto Logo. E para mim tem muito sentido. Algo que dá ideia de movimento. Se volto logo, é porque não estou, e se não estou quer dizer que algum lugar eu fui, e se fui posso dizer que volto, se digo que volto, posso dizer logo. E como o tempo relativo, o meu “logo” não necessariamente seria no significado de já.
Imagem do blog "Luana Miranda" E um pouco mais sobre Repetição na Psicanálise.
Ah sim, e o número 8: Depois lembrei que o símbolo do infinito, em pé seria o número 8. E o infinito seria uma alusão a este eterno movimento em nossas vidas de ir, e voltar. Podendo ser até a repetição que Freud já disse algo sobre. E também, posso pensar que o símbolo do Google parece o número 8. E daí é um prato cheio para os numerólogos de plantão... Casei num dia 26 : 2+6 = 8. Outra coisa me fez lembrar o quanto foi difícil para eu criar este blog então eu lembrei que o número oito para os chineses, é considerado o número da prosperidade onde eles realizaram a abertura das Olimpíadas às 08:08hrs do dia 08/08/2008, então é por isso que o número oito é tão importante para mim....
Não sei bem o porquê, mas já falei sobre ilha deserta num tópico anterior, e retomo agora novamente. Quando se fala em ilha, penso que está claro para cada um o significado desta palavra, e até mesmo a imagem mental de ilha que surge neste momento. Um pedaço de terra envolto por água. E o que somos, além de ilhas, quando não permitimos o contato com o outro é algo que muitas vezes impede nosso crescimento como pessoa e nosso desenvolvimento numa sociedade. O mundo é composto de pessoas, e é necessário estarmos conectados com este mundo, mas o que me refiro não somente estarmos ligados online, mas sim abertos a diversas interações que surgirão neste meio comum. Ter amigos, me fez lembrar pra variar uma charge que certa vez encontrei pela internet, e que agora posso compartilhar como todos vocês:
Hoje postei este texto bem curtinho, bem em clima de domingo...
Então pensei em não me estender por aqui hoje, e deixar apenas a mensagem para pensarmos a respeito. Compartilhei a charge apenas para ilustrar, pois a intenção desta postagem é referente à amizade em si sobre aquilo de bom que ela pode nos proporcionar, e não certas "vantagens" como aparece por aí.
Comecei este "post" pensando em explicar o porquê de ter escolhido a Itália. Mas no decorrer do texto acabei falando mais do Brasil do que sei lá o quê e no fim falei pouco do motivo pela qual me levou a escolher este país como meu mais novo lar. Tive de mudar o título (era "Por que Itália?"),pois não estava satisfeito, tratava-se quase de uma "propaganda enganosa". (rs) Segue então o resultado:
Ao chegar à Itália, uma das frases que mais ouvi, quando me apresentava como brasileiro era: Por que ter saído de um país próspero e cheio de emprego como o Brasil, e vir para a Itália neste “brutto* momento” de crise?! * brutto = mau, ruim.
Sinceramente tive vontade de mandá-los para o Brasil (você achou que eu iria para outro lugar, né?!) para obterem suas próprias conclusões a cerca desta questão. O que faria uma pessoa em sã consciência sair de um país próspero, rico e com tanto emprego?
Em primeiro lugar, obviamente teremos que reconsiderar alguns pontos desta questão. A parte da sã consciência deixemos de lado, e voltemos à parte país próspero, rico e com tanto emprego. Desmembremos então para facilitar o raciocínio: Lembrando que não vou fazer uma análise econômica pormenorizada da real situação do Brasil, mas apenas superficialmente e generalizada.
1) País próspero: Dizer que algo é próspero, é pensar em crescimento, que está melhorando que tem a melhorar. Pode ser?! Pode.
2) Rico: Sem dúvida o Brasil é um país riquíssimo, basta olharmos para o índice cobrado em seus impostos sobre praticamente todos os produtos e serviços que adquirimos e/ou contratamos. Mas uma grande ressalva necessária é dizer que é um país rico, porém com péssima distribuição de renda. Onde muita pessoa vive com quase nada, e outros com muito. E foi-se o tempo em que falávamos: “muitas pessoas com pouco, e poucas com muito”, pois cada dia cresce o número de gente rica no Brasil. E se tiver alguma dúvida, fique alguns minutos na beira de uma rodovia que dá acesso ao litoral, num período de “feriadão” ou numa sexta-feira de verão, e perceberá a quantidade de carros nada populares, levando lancha, Jet Sky... E se surpreenderá com o grande número destes veículos.
3) Tanto emprego: Brasil é grande isso é fato. Quanto mais pessoas, mais serviços funcionam, quanto mais serviços mais pessoas para cobrir estas vagas. Ou seja, tem oferta, tem procura. Tem desemprego, claro que tem. Parece que tem mais giro de pessoal nestes locais, e isso faz com que de certa forma a economia funcione, pois tem dinheiro circulando. Quando saí do Brasil, percebi que estava acontecendo um “movimento” diferente daquele que estava acostumado. Admirei-me pela quantidade de anúncios em estabelecimentos procurando pessoas para trabalharem: postos de gasolina, lojas, construção civil... E nesta última, estava tão escassa a mão-de-obra que até o governo deu um “empurrãozinho” promovendo cursos nesta área, devido ao grande número de empréstimos que fomentaram as vendas de apartamentos e casas, mas isso é outra história, mas o que interessa neste momento é que existia uma oferta maior que a demanda. Eu gostaria de saber onde os jovens de classe menos favorecida poderiam estar trabalhando (se é que estariam) se não nestes locais, mas daí basta lembrar-nos do incentivo do Governo Federal, na inclusão de estudantes em universidades através de programas como o Prouni. Que como sempre, também tem o lado do interesse neste programa, talvez aumentar o índice de brasileiros com nível alto de estudos, e quem sabe tornando o Brasil um país mais “interessante” de investimento internacional. Como diriam: “vestindo um santo para desvestir outro”. Pois o jovem na universidade ele terá no mínimo quatro ou cinco anos de esperança que quando ele terminar o seu estudo terá uma vida melhor, mais digna, muito diferente que seus pais tiveram, e no final, será assim mesmo, como sonharam?!
Mas este papo de muito emprego, é relativo. São falsas crenças que tentam incutir em nossas cabeças, até para acalmar os ânimos. Tem vagas, mas a concorrência é quase desleal. O país deve crescer sim, ter incentivo na criação de empresas/fábricas ou seja lá o quê gere emprego e condições dignas de um cidadão viver.
Mas não se preocupe não me esqueci da pergunta central deste tópico, mas infelizmente tive que dar esta “volta” para chegar até aqui. 1º Sabíamos que a Itália e outros países da Europa estavam em crise. 2º Crise é uma palavra muito conhecida por nós brasileiros, pois desde que me conheço por gente vivia numa. 3º O que seria crise para os Italianos?! Optar por comprar um xampu de cinco euros e não um de 10?! Como no Brasil fazíamos isso sempre, mas com tudo que comprávamos no supermercado?! 4º Sobre impostos pagos no Brasil: Você tem idéia de quantos reais paga para ter iluminação pública, segurança, saúde, água, luz,um carro, uma casa...?! E mesmo assim em sua maior parte das vezes não tem o serviço que precisa?!
Mas chegando à Itália me deparei com uma situação pior daquela que imaginava. Seria uma questão cultural mesmo, de reações diferentes em situações tanto quanto semelhantes. Por exemplo, como os japoneses reagiram depois de seguidas catástrofes em seu país, o brasileiro e o italiano reagem a formas diferentes diante de uma “crise”. O brasileiro parece saber se divertir mesmo diante de uma situação complicada. Vive mal de dinheiro, mas dedica parte dele para o futebol e a cerveja com os amigos, um churrasco no domingo e parece saber se divertir mesmo com pouco dinheiro no bolso.
Não estou aqui para julgar o que é certo ou errado, particularmente eu não me sinto bem falando do assunto, uma vez que não entendo nada de economia, tampouco de política pública, sou um leigo no assunto, apenas ouso tentar supor algumas hipóteses. Mas aqui na Itália, me surpreendi com a quantidade de “self service” existentes. Como no exemplo que dei anteriormente, onde os jovens ou até mesmo a população ativa poderia estar inserida, aqui não se vê frentistas nos postos de gasolina, não tem funcionários do supermercado juntando carrinhos de compras pelo pátio, nem alguém para pesar suas frutas/ verduras no supermercado. É claro que a informatização é algo bom, mas como tudo na vida tem no mínimo dois lados, não diferente neste caso, o avanço das máquinas de autoatendimento realmente ocupam o lugar de uma pessoa, assim como também facilitam a vida de um fumante, por exemplo, que precisa sair de casa na madrugada para buscar seu “querido” companheiro e encontra-o lá disponível.
E isso de certa forma faz com que diminua o número de pessoas empregadas, diminuindo então pessoas que recebem salário, que por sua vez, faz com que estas pessoas consumam menos, e forma um ciclo vicioso, onde cada vez menos circula dinheiro, parecendo que a grande “roda” custe a girar.
Mas afinal, eu acabei falando em ciclo, roda, e no fim só “enrolei” com este papo e não falei definitivamente o porquê da Itália. Mas acredito que você já esteja acostumado com a minha forma de escrever, uma vez que chegou até aqui, deve ter percebido que em vários momentos eu me desculpo/justifico/defendo e agora, mais uma vez. Lembrei de uma coisa pra variar que remete a este momento sobre os famosos que se queixam da perseguição dos fãs e da imprensa. Está certo que ninguém acorda todo dia igual, e que às vezes não está no seu melhor dia, mas se a pessoa é famosa e não aceita isso de forma alguma que procure outra profissão anônima ou que não se exponha tanto. E lembrei-me disso, pois sempre tive muita dificuldade em me expor tanto, mas tive que ultrapassar esta dificuldade senão não estaria aqui escrevendo para tantas pessoas (pelo menos espero que mais de uma leia isso). Mais este recurso para tentar explicar o motivo pelo qual escolhi a Itália, terei de expor um pouco a minha vida que assumo não fazer isso com o melhor grado. Pois bem, lá vai: Eu sou brasileiro com descendência alemã por parte da minha mãe, e portuguesa por parte do meu pai que diga-se de passagem que nem sei em qual grau, e conheci uma jovem ragazza ítalo-brasileira que desta história de conhecimento e amor, resultou no nosso casamento. E sempre tive uma grande vontade de sair do Brasil, e confesso que não morria de amores pela Itália. Mas como minha esposa é descendente de família advinda da Itália, resolvemos resgatar estas raízes indo começar nossa vida conjugal no país em formato de bota. E penso que expliquei pelo menos um pouco sobre o porquê da Itália, certo?!
Além dos poetas, admiro muito o poder das parábolas em expressar aquilo que o autor deseja, mas de uma forma que cada um poderá entender sua mensagem independente do seu grau de instrução.
E como disse antes, que escrever é uma forma de ser livre, e poder expressar isso através de histórias/parábolas, ou seja, como for, é como uma viagem notempo, onde substituo os brinquedos por palavras. E imagina se pudéssemos naquela época gravar nossas brincadeiras de bonecos/casinha/casa na árvore e depois de 20 anos, assistir em Full HD?! A vantagem desta brincadeira de hoje, é que posso compartilhar com vocês através da internet, e quanto ao Full HD deixo para quando me dedicar a esta área da arte cinematográfica.
Ah sim, bem lembrado, já ia me esquecendo do tema principal deste texto de hoje, quanto às escolhas...
Uma vez ouvi uma história bem interessante, que contava sobre um "Um casal de jovens recém casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez uma proposta à esposa..." (Texto completo em Os três conselhos). *Este texto também está disponível em áudio. Basta clicar no "player" no final deste texto.
Talvez você esteja decidido de fato fazer uma grande viagem, e já se perguntou o porquê disso?! Refiro-me aquela viagem que realmente você pretende ficar o tempo suficiente para repensar sua vida, e mais uma vez, este tempo é relativo, pois conheci pessoas que retornaram ao lar após três dias da sua partida.
Como já foi estudado sobre a gravidade da Terra, sobre inércia, sabemos que corpos tendem a seguir algumas leis da física, certo?! Como aquele objeto que largado do topo de um edifício, tende a cair, e aquele corpo em movimento ou parado tende a permanecer no seu estado anterior. Mas tratando-se de viagem, quem foi tende a voltar?! Aquele filho que sai de casa, e a família faz uma aposta de quantos dias/meses/anos ele precisará para voltar faz sentido?! Aqueles que voltam vinte anos depois, ou simplesmente aqueles que fixam raízes no seu novo lugar e ali ficam até o fim da sua vida.
Mas que escolha é essa?! Por que você decidiu isso?! Como é abrir mão daquilo que se conhece e começar uma nova vida fora?! Gostaria de fazer uma enquete sobre o assunto, e conhecer mais sobre o que motiva essa vida.
Algumas pessoas simplesmente optam como “filosofia” de vida, estar em movimento, andar, voar, correr, simplesmente sair do lugar, sem se estabelecer de fato em lugar algum. Mas se a vida é feita de escolhas, onde sempre, desde pequenos ouvimos, que precisamos abrir mão de algumas coisas para termos outras, de uma forma ou de outra nunca seremos plenos ou suficientemente satisfeitos com o que temos/somos/fazemos, isso é o ser humano. Talvez o que eu posso dizer sobre isso, é simplesmente, faça sua escolha seja qual ela for, mas faça aquela que terá orgulho em ter optado. Seja curso universitário, profissão, país de destino, time do coração, mas faça aquela que possa estar sempre com a cabeça erguida, bater a mão cerrada no peito e dizer: ----Eu sou gremista, filósofo, médico, carpinteiro, locutor, estou em Marrocos...
Ouvimos também algumas frases ao passar dos anos, algo como “Enquanto a caravana passam os cães ladram” – Siga a tua vida, através das tuas escolhas, com orgulho e não se preocupe com o que dirão sobre tuas escolhas, pois muitas vezes não somos caravana alguma, e muito menos existem cães para latir, a vida deve ser vivida não como um espetáculo para os outros, mas algo que sirva para nós crescermos como pessoa. Quando se está debaixo de um teto, com dinheiro no bolso, comida para comer, a família dando palpites, muitas vezes é fácil decidir sobre nosso futuro, pois escolher é fácil, fazer destas escolhas realidade também, mas termos suporte para encarar as consequências não é fácil não. Por isso, é muito importante buscar se conhecer melhor, entender os motivos destas escolhas, para depois não sofrer desnecessariamente.
Muitas vezes olho para aquelas pessoas que cresceram junto comigo, cada um seguiu um trajeto, e foi para um lado: Alguns se tornaram médicos, outros psicólogos, funcionários públicos, viajaram o mundo e voltaram, viajaram pelo mundo e em algum lugar longe de casa estão, e tudo o mais, e também alguns ficaram pelo caminho e hoje são apenas saudade e pó. Mas o que tem em comum nisso tudo, é que cada um, por melhor ou pior que tenha sido seu destino, aos nossos olhos críticos, fez o seu caminho através das suas escolhas. A minha escolha foi esta. E qual é a sua?
Não, hoje não vou falar de receitas assistidas no programa da Ana Maria Braga, o assunto ainda não chegou a este ponto. Mas permita-me retomar um ponto que eu imaginei que não voltaria a falar, mas que analisando agora, ajuda-nos a ilustrar outro ponto a se pensar:
Quantas coisas na nossa vida buscamos muitas vezes nos justificar, já se falou certa vez por aí num tal termo de “auto-engano”, mas isso deixemos pra lá, e voltemos às justificativas.
Por exemplo, eu muitas vezes deixei de colocar em prática este blog com uma das minhas principais justificativas: “Mas afinal, como vou escolher UM tema e discursar sobre ele por muito tempo?! Se eu gosto de muitas coisas, gostaria de falar sobre elas, e não tão somente sobre uma.”
Pense nisso: Quando você encontra um(a) amigo(a) na rua, quantas vezes você antes de cumprimentá-lo já chega e diz: “Espera aí fulano(a) antes de começarmos nosso diálogo, vamos estipular nossa pauta de assuntos onde iremos conversar sobre uma única coisa. Escolha você: 1) Falar sobre teu sumiço. 2) Sobre sua mãe que largou seu pai e todo bairro comenta. 3) Sobre tua viagem à África do Sul?!” E por aí vai. Você já fez isso? Acredito que não. E se já fez, por favor, desconsidere este texto.
Então como diriam “voltando à vaca fria”: É extremamente difícil escolhermos um assunto só para conversarmos com um amigo, ou para compartilhar aquilo que aconteceu conosco, e que gostaríamos que as outras pessoas soubessem. Nosso exemplo acima, obviamente não representa fielmente como poderia ser tal situação, uma vez que a pessoa em questão (você) tomou frente e “cantou” os assuntos a serem abordados, e como se o objeto de interesse fosse tão somente o outro, uma vez que nada sobre sua pessoa teria sido levantado para abordar, mas devaneios à parte é justamente isso, como é difícil ser livre na escrita, lembrando que não estamos numa prova de redação da escola, na qual a professora vai nos descontar nota, com letras garrafais escrito: FUGA DO TEMA.
Então, como poderia falar de uma experiência vivida, partindo de um tema somente. É possível sim é claro, mas o meu objetivo é justamente este: Ser livre, para que possamos abranger muito mais. A salada de fruta em questão é um ótimo recurso para ilustrar o que tenho intenção em dizer. Muitas pessoas gostam de frutas, certo?! Muitas pessoas tem suas frutas preferidas obviamente certo?! Outras pessoas gostam de saborear uma única fruta por vez. Já outras gostam de salada de frutas. E qual o problema nisso tudo?! Não diria que tem problema, mas sim que a questão é que como a salada de fruta, quem escreve/faz/estuda/sabe/gosta/ouve de tudo um pouco, assim será definido, como aquele que é de tudo um pouco e não é nada. Quem sabe de tudo um pouco, não sabe muito de uma única coisa. E como a salada título deste texto, igualmente, ela é uma miscelânea de frutas, e ao mesmo tempo não é nenhuma. A idéia não é ser especializado num assunto aqui, mas por que não poder falar de tudo um pouco?! Não esquecendo que conforme o ponto de vista, não deixa de ser direcionado a algo, como - Tema: Experiência de vida; Minhas impressões; Na bagagem do andarilho; na garupa do cavaleiro... E muitas coisas acontecem neste trajeto.
Não esquecendo que em muitos outros aspectos é importante focar, até mesmo para acompanhar o mercado de trabalho, por exemplo, e daí surgem as especializações. Como ir a um médico Clínico Geral é muito importante para uma primeira consulta, pois ele pode ter muita experiência de forma generalista e te encaminhar para um especialista, e aí sim você receber o tratamento correto naquela área.
Tudo isso para justificar o porquê de não necessariamente falar de uma única coisa. E se hoje falei de salada de frutas, e sequer citei a quantidade em mililitros da quantidade de água ou guaraná que deveríamos adicionar, não foi porque aqui não cabia tal assunto, mas sim, porque hoje não foi este o meu intuito.