Imagem retirada em "Beto Lemela" |
Afinal, o que é
“jeitinho brasileiro” de onde surgiu isso?! Um dia resolvi pensar no assunto, e
fui atrás para ler um pouco mais sobre isso, para ver se encontraria alguma
fonte fidedigna na internet para poder avaliar melhor, e quem sabe ter uma
opinião formada sobre o assunto. Então cheguei até o nome de: Roberto Da Matta.
Que não sei porquê já achei uma pessoa interessante ao ler que além de várias
atividades ele também era antropólogo.
Acabei lendo uma entrevista do professor Roberto, no blog Mania de História. Que de alguma forma me ajudou a embasar um pouco sobre o assunto. E vale a pena darem uma olhada.
Acabei lendo uma entrevista do professor Roberto, no blog Mania de História. Que de alguma forma me ajudou a embasar um pouco sobre o assunto. E vale a pena darem uma olhada.
Imagem retirada em "Notícias de três linhas" |
Então surge uma associação entre “jeitinho brasileiro” e
malandragem, e pra variar, uma coisa leva a outra, cheguei até a informação que
o personagem Zé Carioca, foi inspirado num paulista. E como título então da
notícia: Zé Carioca era paulista!!! E vai dizer que não foi este personagem que
levou mundo a fora esta visão de brasileiro malandro?!
Imagem de "Klick Educação" |
Esta questão de “jeitinho brasileiro” não deixa de ter dois
lados como tudo. E o “jeitinho” poderia ser algo positivo ou negativo. Mas o
objetivo deste “post” de hoje é levantar esta questão, afinal o “jeitinho” está
espalhado pelo mundo?! E por que grande parte das pessoas pensa que é
genuinamente brasileiro?! Acredito que o
preconceito seja dos próprios brasileiros, como a ideia título deste texto. E a
minha opinião é que o “jeitinho brasileiro” não está tomando conta do mundo,
ele é apenas uma definição dada no Brasil.
Se por exemplo, buscarmos no Google “jeitinho americano”
chegaremos até certo livro. (No site Cultura News encontrei uma entrevista com o autor.)
E seria um livro de crônicas que o autor Matthew Shirts (americano) escreve sobre suas experiências no Brasil.(desde sua primeira impressão até, há quem diga que assuntos talvez melhores escritos que por um próprio brasileiro) Ou seja, ele escreve sobre a percepção de um americano no Brasil, sendo então escreve sobre o Brasil, com jeito de americano, ou “jeitinho americano” como preferir.
E seria um livro de crônicas que o autor Matthew Shirts (americano) escreve sobre suas experiências no Brasil.(desde sua primeira impressão até, há quem diga que assuntos talvez melhores escritos que por um próprio brasileiro) Ou seja, ele escreve sobre a percepção de um americano no Brasil, sendo então escreve sobre o Brasil, com jeito de americano, ou “jeitinho americano” como preferir.
Numa tentativa infeliz de romantizar o clássico
“jeitinho” seja de onde for, o intuito hoje era mostrar um pouco sobre o que
pude notar aqui na Itália. Que no Brasil se poderiam ter mais formas de se
beneficiar com os laços familiares e com amizades, como aquela história: “Ah
tenho um amigo na prefeitura que pode me ajudar com isso.” Ou “Meu primo é
policial e ele não vai deixar isso acontecer comigo...” enfim alguns exemplos
nada legais (no ponto de vista de leis). E que em alguns outros países não
seria uma realidade tão comum este “jeitinho” aquele que um amigo ou
familiar oportunizaria vantagens (Ideia encontrada em "Peça demissão e vá trabalhar!"). Eu discordo desta frase que se refere que seria algo em maior número
encontrado no Brasil. Pois não precisamos nos esforçar muito seja onde
estivermos para ver que ele existe. E citarei algumas formas de “jeitinho
italiano” (italiano, pois vi por aqui) negativos:
- Por exemplo, estacionar o carro de uma forma não regulamentada pela lei para
facilitar o acesso ao porta-malas, para mim é uma forma de “jeitinho” que vi
aqui ;
- Pedir para o comerciante ou prestador de um serviço não emitir nota fiscal no
real valor e sim abaixo para pagar menos taxas, também vejo com uma forma de
“jeitinho”;
- Não usar luvas plásticas para pegar frutas/verduras no supermercado (pois
aqui elas estão disponíveis para o cliente usar), pois está com pressa. Tive oportunidade de presenciar este fato, e o cidadão italiano em questão se justificou dizendo que se alguém chamasse sua atenção, ele simplesmente diria que estava com pressa e não se deu por conta que não havia colocado a tal luva; É um "jeitinho" ou não?!
Imagem em "Dr. Castanha" |
- Aqui também tive o desprazer oportunidade de conhecer empresários que
não pagam funcionários como deveriam. Utilizando o recurso de chamar pessoas
por um período de experiência de duas a três semanas, e depois dizer que nãovão poder ficar com eles. Ou seja, repetem este “jeitinho” por várias vezes,
“economizando” meses de salários para funcionários. Vou tentar ser mais claro:
Fonte da imagem "Em fechamento" |
Vocês imaginam: O patrão malandro coloca um anúncio no
jornal, chamando funcionários para preencher uma determinada vaga. Logo, surgem
dezenas de pessoas interessadas, afinal estamos falando de um período,
principalmente aqui na Itália, que faltam empregos. Então este empresário
dotado de uma "sem-vergonhice" / "cara de pau" ,para não dizer outras coisas, seleciona umas duas pessoas por vez, faz uma
“experiência”, logo inventa uma desculpa esfarrapada, e aquela pessoa que
acreditava ter encontrado “quase uma agulha no palheiro” abaixa a cabeça e vai
embora sem receber um centavo após dias de trabalho caprichado, afinal para
agarrar-se com “unhas e dentes” nesta oportunidade não podia deixar nada mal
feito. E esta “esperteza” toda do patrão citado, se repete por muitos e muitos meses, daí tu
faz as contas aí de quantas pessoas foram prejudicadas. E fica torcendo para
que logo a “casa caia” para este indivíduo.
Então o que concluo com tudo isso é que “espertinhos”/”gente querendo passar a perna no outro”, ou seja lá a denominação que podemos usar, existe no Brasil, na Itália ou em qualquer lugar do mundo. E não foi minha intenção listar situações que aconteceram por aqui a fim de denegrir a imagem de um país ou região, mas sim apenas ilustrar situações para aqueles que pensam que qualquer lugar fora do Brasil seja perfeito. Sim, infelizmente existem pessoas que pensam assim. Utilizei deste espaço também para desabafar questões que me desagradam e também para chamar a atenção daqueles que pretendem sair do Brasil estarem sempre atentos com estas situações que existem em todo o mundo, e principalmente, ser um recém-chegado com pouca experiência no novo lugar é um “prato cheio” para estas “gaviões” de plantão.
Por onde mais eu passei para escrever esta postagem, aqui disponibilizo dois outros links que podem ser interessantes:
1) Centro Debate: Escritório do Senador Jarbas Vasconcelos no Recife.
2) Peça demissão e vá trabalhar! A partir do primeiro link acima, podem chegar até este outro que citei anteriormente no meu texto, onde sou contrário à ideia que o "jeitinho" seria encontrado em maior número no Brasil.
Vou ficando por aqui.
Um grande abraço a todos!
Em época de eleições o pessoal não se dá conta de que político corrupto e o tal "jeitinho" é tudo a mesma coisa! Ou seja... Aquela pessoa que optou em votar "nulo" alegando não haver bons candidatos, é a mesma que fura a fila, que transgride! Ou seja... tudo a maior hipocrisia!
ResponderExcluirE eu já penso que não é no Brasil ou Europa ou seja lá onde for... É uma questão de mundo mesmo! As pessoas, sejam elas de qual nacionalidade, sempre querem se dar bem, sair por cima e conseguir se beneficiar!
Aliás... Quem já não reclamou quando o troco veio errado? Ou seja, quando FALTARAM moedinhas??? Agora, quando o troco veio A MAIS, tenho certeza de que poucos abriram a boca! O que isso significa? Cada um por si, sempre! E se o nome é jeitinho, esperteza ou o nome que quiser dar não importa... Mas agora não adianta vir reclamar do resultados das eleições e falar mal se o primeiro passo não somos nós quem demos!