domingo, 28 de outubro de 2012

Ahh ahhh atchimmm!!! – Saúde! Obrigado!

Imagem de "Pais modernos"


Há muitos anos atrás quando eu estava apenas fazendo alguns planos sobre sair do Brasil, e lembrei-me de algo muitíssimo importante:

Por que será que na maioria das vezes só valorizamos a nossa saúde quando estamos doentes?!

Lembra daquele dia que tu ficaste doente, e começou a fazer planos de tudo que gostaria de fazer se não estivesse tão indisposto?! Até promessas são feitas algumas vezes, que quando a enfermidade passa nunca são cumpridas, mas que foram feitas foram. Daí vem a justificativa: - O que vale é a intenção.

Como é ficar doente? Como é ficar doente quando não se tem dinheiro pagar médico ou medicamentos?! Pois afinal, nem todo o mundo tem condições de manter gastos básicos. Muitas pessoas vivem com seu suado dinheirinho contado, e quando vem algum gasto imprevisto, daí o desespero vem. E daí não tem escapatória, afinal, ninguém é de ferro.


Imagina um jovem casal que está começando uma vida a dois. Aquele jovem casal que junta seus “trapinhos” e decidem compartilhar o copinho da escova de dente, e finalmente vão morar juntos. Ah que bela história de amor. Dois pombinhos apaixonados, deixando para trás aquela rotina chata de se verem nas quartas-feiras, sábados e domingos. Mas daí quando param para fazer as contas, morar “sozinho” não é tão simples como imaginavam. Aquela ajuda no curso universitário que o pai dava, ou as compras do supermercado, que nunca haviam se preocupado com o preço do leite ou do arroz, afinal eram os pais que pagavam, e por aí vai. Interessante, mas que está com planos de casar na igreja tem até um “cursinho de noivos” para fazer. Alguém já fez aí?! E neste curso, dentre outros assuntos, tem esta parte tão importante, mas às vezes esquecida quando se está “cegamente” decidido..(hehe) – a parte financeira. Só utilizei este parágrafo para ilustrar um pouco a situação daquelas pessoas que começam a viver a vida financeira independente, e se deparam com alguns gastos que antes não tinham.


Mas então, falando de saúde, chegamos naquele momento que ninguém está livre, e infelizmente a doença nos acomete. Mas não necessariamente refiro-me a uma doença grave, mas sim aquela que nos incomoda ao ponto de não conseguir fazer aquilo que normalmente faríamos. Aquela dor de cabeça, que parece que tem um pica-pau cutucando o nosso cérebro, ou aquela gripe que para sair da cama parece que estamos carregando o peso de uma bigorna, sem falar em tosse...e por aí vai, sintomas que vocês podem imaginar livremente. Qual foi a dor maior que você sentiu na vida?! Seja aquela dor na coluna, ou pedras nos rins. Ver link a pior dor do mundo
.
 
Quem assistiu o filme "Náufrago"?! Lembra daquele momento que o sujeito está desesperado com dor de dente, e se vê em apuros até que o desespero faz com que aja e pronto, resolve o problema ali mesmo. Como não estamos numa ilha deserta (para variar eu falando em ilha novamente) podemos contar com profissionais da área da saúde, certo?!  

A partir do site da Veja (Tema: Desafios brasileiros - Saúde Pública) podemos ler que o Brasil sofre com um com uma das taxas tributárias mais altas do planeta, e com isso, no mínimo teria garantia de ter acesso à saúde digna e satisfatória. E não só isso não acontece como cerca de 170.000 pessoas deverão esperar até cinco anos para se submeterem à intervenção cirúrgica não emergencial. E com isso me faz pensar:

Não sei se já falei esta frase aqui, mas para mim ela é muito importante, tem um baita significado “Enquanto uns choram, outros vendem lenço” (Depois descobri que esta frase virou título de um livro de Maurício Werner).. Isso me faz lembrar da crise que encontramos no Sistema Único de Saúde brasileiro, e a quantidade de clínicas destinando atendimento médico especializado com “preços populares”, algumas vendendo sua imagem como “clínica na comunidade”..Nada contra estas empresas, pois acredito que para aquele que tem condição de pagar estes serviços deve ser algo muito bom.

Está bem, até aqui eu não disse novidade nenhuma eu sei, que todo e qualquer brasileiro sabe muito bem (ou deveria saber) a real situação da saúde pública. Mas então mudemos um pouco o país, e vamos falar um pouco sobre a tão querida Itália.

Pois bem, vamos a minha história:


Quando chegamos na Itália (minha esposa e eu) resolvemos logo que tivemos oportunidade, ver como seria a questão da Saúde por aqui. Então fomos atrás disso e chegamos até a “Tessera Sanitaria” (ver foto), que seria uma espécie de “carteirinha do SUS” por aqui. (Será utilizada sempre que for consultar o médico, comprar um medicamento, marcar um exame...) Interessante que aqui quando fizemos esta tal “tessera” tivemos a oportunidade de escolher o nome de um médico, que seria aquele profissional que iríamos recorrer sempre que precisássemos. Como antigamente o “médico de família”. É difícil escolher um profissional no meio de tantos nomes, que critérios tu utilizaria?! (sobrenome conhecido...homem ou mulher...nome “bonitinho”...)

Logo, em poucos dias fomos marcar uma consulta para ver como funcionava. Conversar com o médico, nos apresentar, e para conhecê-lo de fato, pois vai saber o que viria pela frente. E logo na marcação, eu já fiquei todo bobo de felicidade, pois conseguimos consulta para o outro dia pela manhã. 

Imagem de "Por ai observando o mundo"




Conhecemos o “dottore” um senhor de altura mediana, demonstrando ser bastante atencioso, educado e com bom - humor. Informamos o objetivo da nossa consulta, dizendo que éramos novos na Itália, que estávamos aqui para começarmos nossa vida juntos... e pra variar ele também perguntou por que sair do Brasil neste “belo” momento econômico que o país estaria passando. Nem preciso dizer o que falei, não é?!



Foto de "ASSPESP"


Quanto às consultas:
Geralmente não passam de 15 minutos de duração. Até hoje, já fomos quatro vezes e em todas fomos atendidos pontualmente, não atrasando sequer um minuto. (Seria apenas boa sorte ou coincidência?!) Considero importante elogiar os pontos positivos, e realmente sempre fomos muito bem atendidos desde a recepção até nos atendimentos médicos. 
Quanto aos preços dos medicamentos:
Acabei não registrando os preços que pagamos em alguns remédios, mas sempre tive a impressão de serem preços justos. Irei começar a me deter mais nestas informações para enriquecer o blog com tais dados.

Por hoje, vou ficando por aqui, senão acabo escrevendo um capítulo de um livro inteiro sobre o assunto, e acabo cansando vocês por aí. Mas sempre que tiver informações relevantes sobre o assunto, postarei para vocês.

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