Introdução 01: Este texto eu havia escrito há
alguns meses atrás, e só hoje achei cabível sua publicação. Afinal, hoje é dia do trabalhador. Então meus sinceros
parabéns a todos indivíduos que dedicam grande parte do seu dia exercendo seus
ofícios!
Vamos ao que interessa:
Não meus queridos, não é uma especie de experimento à Pavlov, pois não
estamos oferecendo trufas (aqueles chocolates maravihosos que estamos acostumados) mas sim de uma palavra em italiano que é – infelizmente – muito
comum para aqueles que estão em busca de trabalho.
Quem costuma acompanhar o blog TornoSubito8, já sabe que aqui não tem aquela
história de mostrar um mundo perfeito (por mais que eu tente e gostaria), pois
a verdade nem sempre é fácil de aceitá-la, então vamos a mais alguns pontos que
deverão ser ditos a todos que estão pensando viver na Itália, aos recém
chegados e até mesmo para quem já está aqui há algum tempo não custa reforçar a
ideia.
Sei que às vezes sou repetitivo, e isso
pode se tornar chato, mas repito aquela frase célebre: “Enquanto uns choram,
outros vendem lenço”. Então em qualquer parte do mundo existirão pessoas que
aproveitam de uma determinada situação, de uma necessidade alheia e faz dela um
negócio. Mas não quero dizer que todas estas “aproveitações” são negativas ou
com tendências “golpistas” se assim posso dizer de maneira bem simples.
Refiro-me que a necessidade está ali, e um empreendedor ou negociante, faz
daquela situação uma forma de lucrar. Afinal, o que seríamos de nós sem os
vendedores de cachorro-quente que ficam na saída de um circo, ou daqueles
vendedores de picolé na praia que para animar a criançada eles surgem “do nada”
?! São oportunidades de trabalho digno, sem dúvida quando de acordo com as
exigências legais.
Depois de uma breve(?) introdução, eu continuo dizendo, quando estas “visões
empreendedoras” não são lá de boa fé, e surgem os espertinhos/malandros/golpistas
talvez para mostrar-nos que o mundo não é composto só de pessoas boas, e que
não devemos confiar em todos partindo do princípio que como somos sinceros e
honestos todos o seriam conosco.
Então de um lado nós temos um país que encontra-se em certa dificuldade
econômica, principalmente composto por pessoas com dificuldade de uma (re)colocação
no mercado de trabalho, e de outro lado , eis que surge como passe de mágica
algumas “vagas interessantes”, mas não vá pensando que são anúncios
extraordinários que brilhariam aos olhos de qualquer um, não não não, “o lobo
muitas vezes vem vestido de cordeiro” e se comportando como tal. A triste
realidade de muitas famílias, faz com que alguns pais ou mães se exponham a
muitos riscos de golpes, ou como diriam por aqui “lavori truffa” .
Devem estar ansiosos para saberem que
tipo de ofertas são estas, mas algumas ressalvas são indispensáveis, lembrando
que golpes ao meu ver são formas de explorar no sentido ruim da palavra, como
abusar, e que toda e qualquer falsa oferta entendo como tal, que a
desvalorização do ser humano, desrespeito, enfim vai longe isso aqui, tudo para
dizer que muitos estão aproveitando da triste realidade de outros muitos.
Citarei algumas situações, apenas irei enumerá-las, mas sem intuito de
enquadra-las em ordem de importância/seriedade, ok?! Apenas as citarei:
1) Anúncios discriminatórios: Existe lei que regulamenta o contrário, que não se pode discriminar candidatos por
nacionalidade, sexo, idade... E o que mais se encontra são anúncios
explicitando exatamente o que não querem.
2) Empregadores anunciando uma determinada vaga, sem discriminar ninguém, até
aí ótimo, mas a vaga é para outra função, geralmente algo que o pessoal não tem
interesse algum em fazer, principalmente pela forma que ele é apresentado ao
candidato. Daí alguém grita aí do outro lado: --Felipe, mas que papo é este,
que vaidade é esta?! Dificuldade de trabalho, e ainda tem gente que nega esta
oferta?! Que tipo de trabalho é, não pode ser tão ruim assim, é?! Para
exemplificação, irei mencionar apenas UM caso que se repete diariamente: Eu
diria que o trabalho em questão, trata-se de “vendas porta a porta”, até aí não
vejo problema, apesar de considerar um trabalho muito complicado de fazer, e a
“porca torce o rabo” principalmente quando a venda é de um serviço que geralmente
como é apresentado, na minha opinião, como “má fé”.
Então, tudo parece errado:
a) O anúncio é para uma vaga que não existe;
Então, tudo parece errado:
a) O anúncio é para uma vaga que não existe;
b) o nome da empresa que anuncia
geralmente é um nome muito generalizado, tornando praticamente impossível de investiga-la/encontra-la no Google, daí eu
pergunto: Quem é que criaria uma empresa para ninguém achá-la na internet?
c)onde
esta empresa é localizada também, geralmente num prédio comercial, muito
provavelmente com algumas mudanças de endereço frequentes e assim ninguém sabe,
ninguém conhece, consequentemente o número de telefone também muda;
d) Na hora
combinada para o “colloquio” solicitam que o candidato assine um documento, que
em poucas palavras exime a “empresa” de qualquer responsabilidade sobre o
candidato, dizendo que tratará de um dia de prova (trabalho de 8 horas), e
muitas vezes no “calor da hora”, com receio de continuar desempregrado, e com
esperança de conseguir um trabalho, muitos aceitam afinal “disponibilidade
imediata” é um grande diferencial nos dias de hoje, e assim parto para a letra...
e) onde o candidato irá conhecer seu mais novo trabalho: O entrevistador
convida o candidato a entrar num carro e começam um passeio pela cidade... Eu
pergunto, até aqui, eu preciso justificar ainda mais sobre a má fé em questão?!
Acho que não, né?! Mas termino para fechar com “chave de ouro”, um caso que
fiquei sabendo de um candidato que se deu por conta (talvez foi a gota d´água)
e disse no meio do caminho que não aceitaria aquele trabalho, e simplesmente
foi convidado a descer do carro e
deixado ali, na rua, sem ao menos saber onde estava. Tudo errado?! Ou é
da minha cabeça isso?!
3) As tão conhecidas “correntes de santo antonio” ou trabalhos em “piramides”
que conhecemos muito bem no Brasil. Consiste em um trabalho que para candidato fazer parte ele deve entrar com uma
quantia de dinheiro. Analisando melhor, eu diria a pessoa literalmente paga
para trabalhar, afinal pagou para ser admitida e receberá uma pequena
remuneração a cada atividade concluída, e sabe lá quando e se realmente
conseguirá cumprir o valor já investido anteriormente, e também se é real isso
de ganhar algo.
Existem casos que até tenho receio de citá-los, pois assim poderia até servir
de ideia para outros mal intencionados repetirem, mas a intenção é realmente
alerta-los. Nestas horas eu penso na capacidade do ser humano inventar, e
também abusar destas “invenções”, e que muitas pessoas com ótimas capacidades
intelectuais e técnicas infelizmente dedicam seu tempo para o ganho
ilícito...Continuo dizendo que não irei enumerar, apesar de também perceber
muitos empregadores oferecendo baixíssima remuneração aos funcionários, com a
desculpa que o país está em crise, ou mesmo : “é melhor pouco do que nada”, “existem
muitos querendo o teu lugar”, “e você não estava trabalhando mesmo”, “é o que
posso pagar”... e por aí vai... Sem falar nos anúncios que seriam cômicos se
não fosse algo sério.
Mas por hoje ficarei por aqui, deixo disponível os comentários ou até mesmo o
e-mail tornosubito8@gmail.com para
entrarem em contato, assim tornando mais dinâmico o blog.
Muito obrigado pelo carinho de todos! Grande abraço! E fiquem bem!
Ps.: Todos os casos citados foram presenciados/constatados/investigados
pelo autor do blog, ou seja por quem vos fala: Felipe Petry. Infelizmente são
verídicos, nada de fantasia. Pessoalmente, ou através de contatos telefônicos
ou e-mail fui verificar a veracidade de cada anúncio, chegando a estas conclusões
que são opiniões minhas. Se alguém discordar em partes ou totalmente com minhas
constatações caberá à liberdade de desconsiderar o que foi dito. E por último,
nunca se esqueça: “Confie, desconfiando”. ;-)
Fonte da imagem título: Trufas
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