quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ferrari de pobre


Você sabe quanto custa uma Ferrari no Brasil?! E na Itália?! 


Segundo o site Terra,  onde nos é apresentada uma lista dos carros mais caros no Brasil, partimos de uma Ferrari ao valor de cerca de R$1.400.000 (um milhão e quatrocentos mil reais) até um outro modelo da mesma marca por R$2.600.000 (dois milhões e seiscentos mil reais). Na Itália, poderiamos partir de um valor de: 240 mil euros. Não vou nem entrar na discussão que custaria quase a metade do valor de uma no Brasil, mas enfim, continuo…

Então, gostaria de compartilhar com vocês uma notícia que li estes dias por aqui: Uma adolescente enganou (tentou enganar)  a universidade declarando a renda da sua família como baixa no valor de até 19 mil euros,  sendo considerada, como poderíamos dizer, "de baixa renda".  Até aí tudo bem, a parte de ser "pobre" eu me refiro. Mas o excelentíssimo papai da moça em questão possui condições que eu diria um tanto quanto distantes de um comum pai de família. Possuir uma Ferrari. 

Certamente no Brasil existem muitos casos como este, não necessariamente pais possuidores de Ferrari, mas pessoas que se acham espertas declarando pobreza para serem beneficiados. 

Atualmente estamos vendo muito sobre estacionamento irregular em vagas para pessoas com deficiência física. Onde slogan como: “essa vaga não è sua nem por um minuto”, ou ninguém gostaria de estar naquelas condições para usufruir daquela vaga especial, e ao meu ver não è muito diferente. 

Reclamam que pessoas de baixa renda “mamam” às custas do governo, mas esquecem que muitos (muitos mesmo) usufruem e abusam de direitos que seriam e deveriam ser concedidos a pessoas realmente necessitadas. 

O problema è estrutural. E a discussão iria longe. Antes de ficarmos se perguntando sobre o “limite do humor” deveríamos nos responder qual o limite da corrupção, qual o limite do “jeitinho”, qual o limite da psicopatia de muitos que respondem e agem pelo nosso país ,e  partindo da frase “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas” (Voltaire), já temos uma visão bem clara sobre a distorção entre o que realmente è levado a sério, e os valores, onde alguns confundem declaração de pobreza tratando-se da renda familiar, com declaração de pobreza de “espírito” e aí “são outros 500”, e justamente devido a essa confusão,  nossas universidades estariam cheias de Ferrari´s, Lamborghini´s, Porsche´s…



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