Existe uma frase muito conhecida de Antoine Lavoisier, que diz “Na
natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, e algum tempo depois
nosso tão conhecido José Abelardo Barbosa de Medeiros ou Chacrinha para os íntimos, disse algo como:
“Na televisão nada se cria, tudo se copia”. Não sei ao certo quando foi que o
“Velho Guerreiro” disse tal frase, mas suponhamos que tenha sido há mais de 30
anos, e naquela época a internet ainda não havia sido lançada no Brasil,
certo?!
Hoje eu estenderia este “conceito” para muito além da televisão, e como é o
nosso terreno em questão eu diria que a internet è o grande foco dos olhares
daquilo que pode ser visto, analisado e por que não, adaptado ou para os mais
diretos: COPIADO.
Alguns acreditam que a cópia seria uma forma de elogiar o trabalho, afinal
ninguém copiaria algo que não gostou ou admirou no outro. Como: “Ah, eu cortei
o cabelo igualzinho da fulana, justamente por ter achado ridículo e ultrapassado!!”
Claro que não! Não costumamos ouvir isso.
Já ouvi pessoas dizerem : “O fulano colocou o nome no filho dele, justamente o
nome que eu havia escolhido para meu próximo filho”, e realmente se ofenderem
diante de tal situação. Já escrevi sobre nomes anteriormente. Percebemos que algumas mulheres se incomodam
quando alguma amiga compra um vestido igual. Foi cópia?! Não sei dizer.
Deveríamos desmembrar este conceito, falando nisso, vou ao dicionário:
Cópia: …reprodução, imitação…
Imitar: reproduzir à semelhança de..ter por modelo ou norma…
Já se pode ter uma ideia sobre o assunto a partir destes trechos copiados do
dicionário “Mini Aurélio” de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Então a partir também do que algumas pessoas já repetiram por aí, leia-se
copiaram, eu posso reproduzir dizendo que imitar è uma forma de elogio, talvez
muito mais significativa que um simples “parabéns pelo seu trabalho…”. Não sei
ao certo qual autor disse, mas tento adaptar tal frase para algo que lembro, e
que também seria cópia ao dizer: Quanto às cópias de nossos trabalhos
intelectuais, de onde vieram estas ideias, virão muitas outras.
Então, se Chacrinha, ou Antoine Lavoisier, ou seja lá quem disse, tinha ou não
razão, o que importa è que os chapéus foram lançados ao ar, e que servirão a algumas cabeças. E eu diria mais, que não
adianta pensarmos primeiro, o mérito será daquele que fizer primeiro. Ah, e
outro ponto importante, è que na disputa de grandes e pequenos escritores da
web, aqueles que são os mais notáveis sempre receberão o mérito, pois a
publicidade já está feita àquele que já está há mais tempo. O novato deve
conquistar o público, seu espaço. Enquanto isso, “o papagaio come o milho, e o
periquito leva a fama”. E sobre o mérito de quem fez primeiro?! Exato, mais um item para o elenco das
possíveis injustiças do mundo real.
Quanto às cópias, elas não parecem muito fiéis. Ou parecem?!
E no final, quem è que se importa com isso? Pois de onde vieram estas ideias,
virão muitas outras!! E digo mais, quem consegue apresentar algo inédito hoje em dia?! Difícil. Muito difícil…
Imagem copiada em: Diario.latercera
Por onde andei:
http://www.oficinadanet.com.br/artigo/904/o_comeco_da_internet_no_brasil