Segue o texto narrado no vídeo acima:
Quem nunca soube uma história de
uma pessoa que perdeu alguém na vida?! Alguém que viveu o restante ou a
totalidade de seus dias com algo a menos, ou a mais... E entende-se este “algo
a menos ou a mais” como um soluço que nunca mais passou, uma enxaqueca que não
pára de martelar a cabeça, algo mal resolvido “entalado na garganta”, uma
perda, uma lembrança, um trauma, um ouvido entupido que parece enlouquecer, o
corpo saudável que não existe mais, ...seja lá o que for, e a lista seria
enorme.
Saudade é uma palavra meio complicada até de explicar, (não é à toa que segundouma pesquisa britânica, seria a 7º palavra mais difícil de traduzir) ela seria talvez não a existência de algo mas sim o vazio que nos toma. Um paradoxo?! Talvez. A saudade é presente, mas ela nos deixa um vazio. Como aquela frase de “o que é o que é”: Quanto mais se tira, maior fica. Que hoje, neste momento, não pestanejaria em responder: a saudade.
Muitas vezes só passamos a
valorizar algo quando perdemos. Isso não é novidade para ninguém, eu sei. Mas a
minha pergunta é: Afinal, quando iremos aprender de fato sobre isso, e agirmos
hoje?! Então, não se esqueça de falar para a pessoa que você ama o que você
sente por ela. Insisto em dizer, não precisa forçar, sei que é difícil muitas
vezes isso, mas fale o que você sente do seu jeito. Seja através de um abraço
mais longo, um bilhete, ou até mesmo palavras que farão entender. Eu tinha
dificuldade em dizer que sentia saudade da minha avó, eu passei a dizer que
gostaria muito de vê-la, ou simplesmente eu a procuro. Não precisamos sequer
usar uma palavra.
Não usarei estatísticas, pois não tenho propriedade alguma para falar sobre tal porcentagem, mas a maior parte das pessoas que eu soube que foram morar fora do Brasil, e retornaram após algum tempo, a maioria me disse que voltaram para o território brasileiro, devido principalmente à saudade da família.
Não usarei estatísticas, pois não tenho propriedade alguma para falar sobre tal porcentagem, mas a maior parte das pessoas que eu soube que foram morar fora do Brasil, e retornaram após algum tempo, a maioria me disse que voltaram para o território brasileiro, devido principalmente à saudade da família.
Se você que esta aqui lendo esta
postagem, pensa em sair do Brasil, talvez tenha pensado neste ponto muito
importante da falta que poderá sentir de sua família, amigos, e tudo que te
circunda. Mas sabemos claramente que a “vida é feita de escolhas”.
E sobre esta escolha minha, de
livre e espontânea vontade eu prossigo.
Alguém em sã consciência que sofre por algo que buscou, ou seja está sofrendo por conseqüência de alguma escolha sua, como poderia reclamar?! Ilustro com um exemplo, aproveitando o assunto. Alguém que sai do Brasil para buscar uma vida melhor seja lá em qual sentido, e com a distância da família sofre. Ela está sofrendo por que quer?! Por uma escolha. Seria um masoquista?! Seria muito fácil dizer para esta pessoa: “Volta para casa!”, afinal é sempre muito fácil apontar e dizer o que os outros devem fazer.
Alguém em sã consciência que sofre por algo que buscou, ou seja está sofrendo por conseqüência de alguma escolha sua, como poderia reclamar?! Ilustro com um exemplo, aproveitando o assunto. Alguém que sai do Brasil para buscar uma vida melhor seja lá em qual sentido, e com a distância da família sofre. Ela está sofrendo por que quer?! Por uma escolha. Seria um masoquista?! Seria muito fácil dizer para esta pessoa: “Volta para casa!”, afinal é sempre muito fácil apontar e dizer o que os outros devem fazer.
Falando nisso, um dia me
perguntaram por que eu saí do Brasil, e eu respondi:
-- Quando chegamos num certo
ponto em nossa vida, que aprendemos a discernir bem o que é certo o que é
errado, o que julgamos bom ou ruim para nós, nossas escolhas parecem estar mais
consolidadas, e justamente neste período, eu decidi que eu não me sentia
plenamente satisfeito no Brasil.
Percebi que existe uma linha tênue entre felicidade e satisfação, e que de fato felicidade é um “pote de ouro” depois do arco-íris difícil de alcançar. (apesar de não concordar com minha própria afirmação, erroneamente muitas vezes acreditamos piamente nisso.) E com o tempo pude perceber que com a minha insatisfação daquela vida no Brasil, por mais plena que fosse em todos os âmbitos (família, amigos, reconhecimento profissional...) no fundo eu sempre era insatisfeito, e me desculpem aqueles que vivem “dentro de um morango”, mas vida 100% feliz e alegre só em comerciais de TV...
Percebi que existe uma linha tênue entre felicidade e satisfação, e que de fato felicidade é um “pote de ouro” depois do arco-íris difícil de alcançar. (apesar de não concordar com minha própria afirmação, erroneamente muitas vezes acreditamos piamente nisso.) E com o tempo pude perceber que com a minha insatisfação daquela vida no Brasil, por mais plena que fosse em todos os âmbitos (família, amigos, reconhecimento profissional...) no fundo eu sempre era insatisfeito, e me desculpem aqueles que vivem “dentro de um morango”, mas vida 100% feliz e alegre só em comerciais de TV...
Então a vida não é tão precisa
como na matemática, onde somar um valor, subtrair outro e ainda obter
resultados positivos não é bem assim. Mudar de vida não é como trocar o “X” de
lado e inverter o sinal, mas sim crescermos a cada dia, e aprendermos com todos
os valores sejam daquilo que acrescentamos em nossas vidas, como aquilo que
deixamos para trás, ou aquele vazio que só quem sente sabe.
Ah, a saudade que me perguntaram,
eu deixei de lado um pouco, ficar pensando nela não está com nada. Deixe-a para
trás, deixe de pensar pelo menos um pouco na falta que certas pessoas te fazem,
e se elas ainda estão no mesmo plano de você, porém distantes fisicamente, pega
o telefone e liga para ela agora, não depois. E se a pessoa mora perto, mais
fácil ainda, não esqueça, expresse os sentimentos do seu jeito, não forçando
seus limites. E se mesmo assim, decidir se afastar daqueles que são muito
importantes, não deixe de ter,antes de partir, uma ótima relação com eles, pois
esta definirá o quão bem lidará com a distância ou saudade, como preferir
denominar.
E que muitas vezes aquele que
sofre e se desespera diante da perda de alguém, tenha muito mais questões mal
resolvidas em comparação daquela pessoa que aceita aquele momento, afinal já
fez o que teria de ser feito quando era tempo.
Para ilustrar gostaria de citar a
frase que acredito ser de autoria de ANNE FRANK: “os mortos recebem mais flores
que os vivos porque o remorso é mais forte que a gratidão”.
Finalizo lembrando que a saudade
existe, e nunca deixará de existir. A vida é assim, a saudade não passa, mas
aprendemos a conviver com ela. A escolha sempre será nossa no que se diz
respeito “o que faremos com ela?” Texto de Felipe Petry *
*Só para relembrar a quem possa interessar, que todos os textos do Blog TornoSubito8, são de minha autoria (por ventura se houver algum que não seja SEMPRE irei citar o autor reconhecendo assim seus créditos) sendo assim possuem direitos reservados e protegidos por lei.
*Só para relembrar a quem possa interessar, que todos os textos do Blog TornoSubito8, são de minha autoria (por ventura se houver algum que não seja SEMPRE irei citar o autor reconhecendo assim seus créditos) sendo assim possuem direitos reservados e protegidos por lei.
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