Diferente?! Eu?!

Fonte da figura "Zazzle"

Olá meus queridos leitores. Hoje vou escrever um pouco sobre diferenças culturais. Irei partir da cultura que conheço um pouco mais, a saber, a brasileira. Refiro-me um pouco mais, pois não posso dizer que sou um grande conhecedor, apenas conheço, pois faço parte dela.

Nós brasileiros temos hábitos em comum, certo?! Alguns conhecimentos que por sermos pertencentes a esta nação, já faz parte de nós. Até aqui ok?!  

Então pensemos naquelas culturas diferentes das nossas, como a do povo oriental, indianos, estadunidenses... E a partir delas já ouvimos algumas coisas como: Aquele povo que come carne de cachorro, gato... ou aquele que cultua a vaca como animal sagrado, ou simplesmente aquele que come fritura o tempo todo ou é “fã de carteirinha” doschamados fast-food´s , e por aí vai.

Mas é sempre mais fácil pensar que o diferente é o outro. Pensar em diferença devemos fazer algumas perguntas, como: “Referente a o quê?!” ou “Referente a quem”? Pois partimos sempre das nossas experiências como referência. E tu já paraste para pensar nisto?! Pense em algo que tu gostas de fazer. Pode ser desde acessar seus e-mails através de um smartphone várias vezes ao dia, dormir de meia, e até o limite do seu pensamento, pois quero que pense em algo que tens o hábito de fazer. Então, pensastes?! Pense mais um pouco. Pronto. Agora imaginas, se isto que tu fazes é totalmente não aceitável ou realmente estranho à cultura de um viajante que chega até sua casa, ou do local onde tu acabaste de chegar, podendo ser muito distante da tua casa ou não.  

Esta introdução serviu apenas para aproximar vocês leitores daquilo que busco comentar agora. Pois chamou muitíssimo minha atenção a reação de algumas pessoas (diferentes nacionalidades) ao apresentá-las o famoso e tão apreciado por nós brasileiros (principalmente gaúchos) CORAÇÃO DE GALINHA. 

Estava eu numa grande churrascaria aqui na Itália, e como a base da cozinha que esta trabalha é cozinha brasileira, se prepara também coração de galinha, mas quando os garçons passavam de mesa em mesa pude perceber (impossível não perceber) quase aversão a este prato. Imaginei como se estivessem oferecendo coração humano para um indivíduo que não é antropofágico. Não sei como posso descrever tais reações, mas verdadeiramente algumas pessoas pareciam assustadas, outras com “nojo”, reprovação total. Uma senhora se surpreendeu com o número de galinhas mortas, (partindo do princípio que cada galinha tem um só coração – tem gente que ainda não sabe disso) que para servir um espeto com tantos corações obviamente teriam morrido várias galinhas. Também não posso deixar de citar que em uma mesa com alguns rapazes, um com veia de artista mais aguçado, rebateu quando oferecido tal iguaria: “Testículo de que bicho mesmo?!”...  Mas tirando os humoristas de plantão, sem dúvida a maioria se apresentou de forma reprovadora daquilo que era oferecido em suas mesas.

Nada melhor que um dia após o outro, e logo, percebi que existem sim pessoas que não são brasileiras que admiram este prato. Pois outro dia nesta mesma churrascaria, surpreendi-me ao perceber um cliente perguntando se naquele dia serviriam “cuore di pollo”, com um entusiasmo inimaginável, parecia que iriam servir dinheiro em bandejas para um dinheirista.

Pessoal, fico por aqui hoje. Espero que gostem!!